(FGV - 2018) Em 1864, o conselho geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) incumbiu Karl Marx de redigir uma carta endereçada a Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos, por ocasião de sua reeleição. Nessa carta, Marx felicitava o estadunidense e relacionava a luta contra a escravidão na América aos interesses e demandas das classes trabalhadoras. A respeito do contexto histórico dessa carta, é correto afirmar:
Nos Estados Unidos da América, desenrolava-se a Guerra de Secessão, provocada pela separação das unidades federativas que desejavam a manutenção da escravidão.
A AIT foi fundada em 1864 como uma organização internacional que se propunha representar tanto a classe operária quanto setores da pequena burguesia democrática.
A Guerra Civil Americana foi provocada pelas ligações do então presidente Abraham Lincoln com a esquerda comunista internacional liderada pelo filósofo alemão Karl Marx.
Na Europa, a fundação da AIT representava uma tentativa de canalizar as lutas operárias para o interior das instituições políticas da sociedade burguesa, através da participação eleitoral.
A reeleição de Abraham Lincoln só foi possível devido à extensão do direito universal de voto a todos os estadunidenses, independentemente de sua condição racial ou social.
Gabarito:
Nos Estados Unidos da América, desenrolava-se a Guerra de Secessão, provocada pela separação das unidades federativas que desejavam a manutenção da escravidão.
a) Nos Estados Unidos da América, desenrolava-se a Guerra de Secessão, provocada pela separação das unidades federativas que desejavam a manutenção da escravidão.
Correta. Enquanto Marx e Engels organizavam em Londres a Primeira Associação Internacional dos Trabalhadores no ano de 1864, nos Estados Unidos estava em curso a Guerra de Secessão entre o Norte e o Sul. O presidente Lincoln aboliu a escravidão no contexto desta guerra civil lhe rendendo uma carta elaborada pelo pensador alemão Karl Marx relacionando o fim da escravidão nos EUA com as demandas da classe operária europeia.
b) A AIT foi fundada em 1864 como uma organização internacional que se propunha representar tanto a classe operária quanto setores da pequena burguesia democrática.
Incorreta. A AIT é uma associação internacional dos proletários, das classes operárias e não da burguesa.
c) A Guerra Civil Americana foi provocada pelas ligações do então presidente Abraham Lincoln com a esquerda comunista internacional liderada pelo filósofo alemão Karl Marx.
Incorreta. A Guerra Civil Americana ocorreu devido as divergências de interesse entre os estados do Norte e do Sul dos EUA.
d) Na Europa, a fundação da AIT representava uma tentativa de canalizar as lutas operárias para o interior das instituições políticas da sociedade burguesa, através da participação eleitoral.
Incorreta. A AIT era uma associação das classes operárias de todo o mundo, foi uma tentativa de unificar o movimento por reivindicações. Dentro a AIT há divergências perante a questão da participação eleitoral, da entrada na política e criação de partidos de trabalhadores.
e) A reeleição de Abraham Lincoln só foi possível devido à extensão do direito universal de voto a todos os estadunidenses, independentemente de sua condição racial ou social.
Incorreta. Ainda não há o direito de voto universal nos EUA neste período.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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