Questão 40940

(ENEM/PPL - 2018)

A maioria das necessidades comuns de descansar, distrair-se, comportar-se, amar e odiar o que os outros amam e odeiam pertence a essa categoria de falsas necessidades. Tais necessidades têm um conteúdo e uma função determinada por forças externas, sobre as quais o indivíduo não tem controle algum.

MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional.Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de

A

aspirações de cunho espiritual.

B

propósitos solidários de classes.

C

exposição cibernética crescente.

D

interesses de ordem socioeconômica.

E

hegemonia do discurso médico-científico

Gabarito:

interesses de ordem socioeconômica.



Resolução:

d) Correta. interesses de ordem socioeconômica.
Os interesses socioeconômicos de classe, na sociedade capitalista, conformam, para a teoria da Indústria Cultural, os consumos e as construções de identidades culturais. Essas noções de interesses socioeconômicos como formadoras da cultura advém de uma influência marxista sobre a teoria. Marcuse compreende que os gostos dos indivíduos são dominadas por essa indústria massificadora, de ordem social e econômica, pelas necessidades de produção da sociedade capitalista.

 

a) Incorreta. aspirações de cunho espiritual.
Esse aspecto não é retratado no texto ou na teoria de Marcuse, que foca nas relações imanentes e materiais, sem relação com o transcendente.

b) Incorreta. propósitos solidários de classes.
São interesses particulares que podem emergir das relações firmadas na classe em que o indivíduo se insere, contudo, os mesmos têm mais relação com interesses próprios do que com solidariedade.

c) Incorreta. exposição cibernética crescente.
O texto, uma publicação de meados do século XX, não se insere no contexto atual de exposição cibernética, de modo não seja esse o aspecto abordado pelo autor, apesar de relacionar-se com o contexto atual.

e) Incorreta. hegemonia do discurso médico-científico.
Tal aspecto não faz relação qualquer com o enunciado da questão.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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