(UEL 2019)
As reflexões liberais tenderam a acentuar, até o século XIX, a compreensão de que o Estado era a expressão da Razão. Nessa forma de compreensão liberal, é correto afirmar que o Estado
deveria intervir na economia, uma vez que a liberdade de negociar reconduziria a sociedade ao princípio do “homem como lobo do homem”, destacado por Rousseau.
atingiria seu maior grau de eficiência se comandado pelas classes industriais, em detrimento das demais frações que compõem a burguesia, isto é, proprietários de terra e comerciantes.
seria a instância a partir da qual as desigualdades formais entre os indivíduos se transformariam em igualdade real entre os homens.
tenderia a desaparecer, na medida em que o sistema produtivo dividisse as riquezas produzidas pelas classes sociais, como expressão da Razão.
representaria os interesses do conjunto da sociedade, pairando, portanto, acima das classes sociais e de suas demandas específicas.
Gabarito:
representaria os interesses do conjunto da sociedade, pairando, portanto, acima das classes sociais e de suas demandas específicas.
Para solucionar esta questão é necessário focar sobre as tendências liberais do século XVII e XIX, as teorias contratualistas que refletiam sobre o surgimento, a necessidade e as obrigações do Estado. Neste período há um consenso geral de que “o Estado era a expressão da Razão.” a partir disto é correto afirmar que o Estado:
a) deveria intervir na economia, uma vez que a liberdade de negociar reconduziria a sociedade ao princípio do “homem como lobo do homem”, destacado por Rousseau.
Incorreta. Rousseau não afirma que “liberdade de negociar reconduziria a sociedade ao princípio do “homem como lobo do homem””. O liberalismo econômico prega a não intervenção do Estado na economia
b) atingiria seu maior grau de eficiência se comandado pelas classes industriais, em detrimento das demais frações que compõem a burguesia, isto é, proprietários de terra e comerciantes.
Incorreta. Estes ideais manifestam-se a partir do século XIX e não “até o século XIX” como solicitado pela questão
c) seria a instância a partir da qual as desigualdades formais entre os indivíduos se transformariam em igualdade real entre os homens.
Incorreta. O Estado segundo as vertentes liberais até o século XIX não é a “instância a partir da qual as desigualdades formais entre os indivíduos se transformariam em igualdade real entre os homens.”. O Estado por meio da razão garante os direito inalienáveis de cada indivíduo
d) tenderia a desaparecer, na medida em que o sistema produtivo dividisse as riquezas produzidas pelas classes sociais, como expressão da Razão.
Incorreta. Segundo as teorias liberais o Estado não tenderia a desaparecer devido a um novo “sistema produtivo dividisse as riquezas produzidas pelas classes sociais, como expressão da Razão.”
e) representaria os interesses do conjunto da sociedade, pairando, portanto, acima das classes sociais e de suas demandas específicas.
Correta. Para os liberais o Estado surge a partir de um contrato social e ele é a expressão máxima da razão. É ele que representa os interesses da sociedade como um todo; a partir do seu estabelecimento ele está acima das classes sociais e de suas demandas específicas; o Estado é a expressão da razão e de um bem geral, conduz por meio da razão a medidas para sociedade como um todo e não para suas especificidades das classes.
(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.
O labirinto da internet
Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.
(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).
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(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.
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(UEL - 2010)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)
Considere o trecho:
“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.
As palavras grifadas são
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(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,
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