(Uel 2019) Leia o texto a seguir.
O Aquífero Guarani constitui-se em um sistema hidroestratigráfico Mesozoico, formado por sedimentos flúvio-lacustres de idade Triássica (Formação Piramboia) e por depósitos de origem eólica de idade jurássica (Formação Botucatu). É a denominação formal dada ao reservatório de água subterrânea doce, pelo geólogo Danilo Anton em homenagem à nação Guarani que habitou essa região. Trata-se de um Aquífero transfronteiriço que se estende por quatro países: Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
Adaptado de ZANATTA, L. C. et. al. Qualidade das águas subterrâneas do Aquífero Guarani para abastecimento público no Estado de Santa Catarina. XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, Natal, 2008.
Com base nos conhecimentos sobre o Aquífero Guarani e águas subterrâneas, assinale a alternativa correta.
As águas subterrâneas podem ser captadas e ter seu uso imediato no consumo diário, já que sua principal característica é a potabilidade em toda a extensão do aquífero.
O conhecimento hidrogeológico deste Aquífero é amplo, o que permite uma gestão adequada de seus recursos, possibilitando a exploração racional e equitativa por parte dos países da borda oriental.
Com o desenvolvimento dos planos diretores de uso do solo, todos os municípios localizados sobre o Aquífero são obrigados a aplicar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que garante a qualidade das águas infiltradas.
Os aquíferos estão protegidos da poluição, já que seu processo de formação impede que os agentes poluidores cheguem às suas águas, o que permite manter sua qualidade.
Os aquíferos abastecem a região em que estão inseridos e colaboram com a dinâmica ambiental, econômica e social, mantendo a quantidade de água subterrânea e superficial do planeta.
Gabarito:
Os aquíferos abastecem a região em que estão inseridos e colaboram com a dinâmica ambiental, econômica e social, mantendo a quantidade de água subterrânea e superficial do planeta.
[E]
[A] Incorreta. Nem toda água subterrânea pode ser captada e utilizada no consumo diário, já que há pontos de concentração de salinidade, como é o caso das zonas confinadas (intermediária, profunda e alta salinidade) onde não há recarga significante. As águas dessas regiões não são renováveis, sendo consideradas águas fósseis, isto é, sua extração deve ser considerada uma mineração do aquífero, já que não há reposição; são as chamadas zonas confinadas com água subterrânea salina (FOSTER et al. 2009, p.11).
[B] Incorreta. O conhecimento hidrogeológico deste Aquífero ainda é restrito e não permite uma gestão adequada de seus recursos, impedindo a exploração racional e equitativa por parte dos países da borda ocidental. Não se sabe com precisão a quantidade de água armazenada no Aquífero Guarani, no entanto, conforme a Agência Nacional de Águas (ANA), as reservas permanentes de água são da ordem de 45 mil quilômetros cúbicos, sendo que aproximadamente 65% desse total está localizado no território brasileiro. Se o deficit de informação técnica prejudica a formação de uma política para esse recurso, a falta de compreensão social sobre o tema dificulta a legitimação prática de uma eventual legislação de aquíferos (VILLAR, 2008). A América Latina é uma zona rica em águas: além do potencial superficial, foram identificados 29 aquíferos transfronteiriços na região. No Brasil, localizam-se onze desses aquíferos (STEPHAN, 2009). Apesar disso, faltam acordos internacionais sobre o tema na região. No âmbito interno, as políticas nacionais sobre águas subterrâneas estão em estado embrionário, diante da falta de conhecimento técnico ou da capacidade institucional e legal. Dos aquíferos latino-americanos, destaca-se o Aquífero Guarani, alvo de vários projetos internacionais, que permitirão um melhor conhecimento sobre sua dinâmica e características geológicas.
[C] Incorreta. Considerando que o Aquífero Guarani é transfronteiriço e, dessa forma, extrapola o território brasileiro, considerar que o desenvolvimento dos planos diretores de uso do solo, que são exclusivos do Brasil, é um equívoco, pois cada país tem sua Política Nacional, seja de Resíduos Sólidos ou de proteção ambiental, e, portanto, não garante que os países que compõem o Aquífero Guarani (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai) mantenham a qualidade das águas infiltradas, sendo estas passíveis de contaminação
[D] Incorreta. A poluição local tem sido um dos maiores problemas enfrentados e discutidos pelos ambientalistas. Com a expansão da urbanização e da industrialização nas áreas do Aquífero, a contaminação do solo tem afetado a qualidade da água em pontos confinados de recarga e descarga, sendo esta a principal fonte de recarga do aquífero e também a mais vulnerável à contaminação. Em algumas regiões, como, por exemplo, Ribeirão Preto, cidade do estado de São Paulo, o aquífero vem sofrendo contaminação por agrotóxicos e pelo vinhoto (resíduo proveniente da destilação fracionada da cana-de-açúcar). Outras substâncias também podem provocar a poluição desse reservatório subterrâneo, pois a água da chuva entra em contato com esses elementos e, posteriormente, é infiltrada.
[E] Correta. Os aquíferos abastecem a região em que estão inseridos e colaboram com a dinâmica ambiental, econômica e social, mantendo o equilíbrio entre a quantidade de água subterrânea e a superficial do planeta. A recarga natural do Aquífero ocorre pela infiltração das águas de chuva nas áreas de afloramentos e, de forma retardada, em parte da área de confinamento, por filtração vertical; ao longo de descontinuidades das rochas a estrutura de um aquífero assinala diferentes camadas geológicas. O Aquífero Guarani é constituído de sedimentos arenosos (arenito) e lavas de basalto, formadas na Era Mesozoica (241 milhões a 65 milhões de anos atrás). Num aquífero, rocha e água formam parte da mesma estrutura. Sua formação geológica, com rochas porosas e impermeáveis, contribuiu para a absorção e armazenamento de captação da água da chuva. Por meio das precipitações e dos rios, os aquíferos continuam a ter sua água reposta.
(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.
O labirinto da internet
Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.
(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).
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(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.
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(UEL - 2010)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)
Considere o trecho:
“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.
As palavras grifadas são
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(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,
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