Questão 42682

(Enem PPL 2015)  Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar”.

MÉRIGNHAC. Précis de législation et d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y.

A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981.

 

A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de

A

dissimular a prática da exploração mediante a ideia de civilização.   

B

compensar o saque das riquezas mediante a educação formal dos colonos.   

C

formar uma identidade colonial mediante a recuperação de sua ancestralidade.   

D

reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação dos hábitos da Metrópole.   

E

promover a elevação cultural da Colônia mediante a incorporação de tradições metropolitanas.   

Gabarito:

dissimular a prática da exploração mediante a ideia de civilização.   



Resolução:

A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de

a) dissimular a prática da exploração mediante a ideia de civilização.   

Correta. A fundação ideológica para a definição de colonização apresentada no texto é baseada na ideia de civilização, segundo a qual, civilizações civilizadas ou mais avançadas possuem o direito de explorar as menos civilizadas ou menos avançadas: “levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores.”

b) compensar o saque das riquezas mediante a educação formal dos colonos.   

Incorreta. Os colonos são os colonizadores a educação formal destes não apresenta nenhum benefício aos colonizados. Colonização não apresenta benefício nenhum para os povos explorados. 

c) formar uma identidade colonial mediante a recuperação de sua ancestralidade.   

Incorreta. A colonização não apresenta em seus fundamentos ideológico uma recuperação da ancestralidade, algumas vezes a ancestralidade dos colonos foi reforçadas, mas a dos colonizados é reprimida. 

d) reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação dos hábitos da Metrópole.   

Incorreta. Esta seria a prática da colonização apresentada no texto, entretanto, não é o seu fundamento ideológico que sustenta, que legitima como solicita o enunciado da questão  

e) promover a elevação cultural da Colônia mediante a incorporação de tradições metropolitanas.   

Incorreta. De certa forma faz parte da prática da colonização, está dentro das ideias apresentadas no texto, entretanto, não é o fundamento ideológico que sustenta, que legitima como solicita o enunciado da questão 



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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