(Ufrgs 2018)
The complex linguistic universe of Game of Thrones
Game of Thrones has 1garnered 38 Emmy awards for its portrayal of a world of sex, violence and politics so real that some viewers could imagine moving there. Part of that detail has been the creation of the richest linguistic universe since J.R.R. Tolkien’s Middle Earth.
In the field of language-creation for fictional worlds, there is Tolkien, and there is everybody else. But David Peterson, the language-smith of Game of Thrones , comes a close second for the amount of thought put into its two languages, Dothraki and Valyrian. The interest in these tongues is such that a textbook for learning Dothraki has been published, while Duolingo, a popular online language-learning platform, now offers a course in High Valyrian.
Inspired by fictional languages such as those in the Star Wars films and with a master’s degree in linguistics, Peterson made Dothraki and Valyrian as rich and realistic as possible.
Creating words is the easy part; anyone can string together nonsense syllables. But Peterson, like Tolkien, took the trouble to give his words etymologies and cousins, so that the word for “feud” is related to the words “blood” and “fight”. To make the languages pronounceable but clearly foreign, he put non-English sounds in high-frequency words (like khaleesi , or queen), put the stress in typically non-English places, and had words begin with combinations of sounds that are impossible in English, like hr .
2Armed with a knowledge of common linguistic sound changes, he gives his languages the kinds of irregularities and disorder that arise in the real world: High Valyrian’s obar (“curve”) becomes Astapori Valyrian’s uvor . Words’ meanings—as in real life—drift, too, giving the system more realistic messiness.
Languages also play a prominent role in the storyline. Dothraki is the guttural language of a horse-borne warrior nation, but high-born Daenerys Targaryen does not 3look down on it; 4methodically learning it is key to her rise. Tyrion Lannister is left to administer the city of Mereen despite his 5ropy command of Valyrian, leading to some comic moments. And a prophecy of a future hero acquires new meaning when an interpreter explains that the word in question is ambiguous in Valyrian—it could be “prince” or “princess”.
It might seem odd that a highly sexist society like the one of Game of Thrones would have languages where sex roles were not clearly marked, but languages are not always perfect vehicles for a culture. Random change can leave them with too many words for one concept, and not enough for another. In this way, the flawed nature of language reflects the 6foibles of flawed humans and the imperfect worlds they 7strive to create.
Adaptado de: <https://www.economist.com/news/books-andarts/21725752-dothraki-and-valyrian-are-mostconvincing-fictional-tongues-elvish>.
Acesso em: 21 nov. 2017.
Considere as possibilidades de reescrita do segment: Inspired by fictional languages such as those in the Star Wars films, Peterson made Dothraki and Valyrian as rich and realistic as possible.
I. Peterson, inspired by fictional languages such as those in the Star Wars films, made Dothraki and Valyrian as rich and realistic as possible.
II. Being as rich and realistic as possible, Peterson made Dothraki and Valyrian inspired by fictional languages such as those in the Star Wars films.
III. Fictional languages in the Star Wars films inspired Peterson to make Dothraki and Valyrian as rich and realistic as possible.
Quais poderiam substituir o segmento destacado, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical?
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas I e II.
I, II e III.
Gabarito:
Apenas I.
(UFRGS - 2016)
A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas.
O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação.
Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.
Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.
Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística?
Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.) Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.
Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto
Ver questão
(Ufrgs 2016)
A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas.
O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação.
Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.
Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.
Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística?
Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.) Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.
Considere as afirmações abaixo, sobre a construção de uma educação de qualidade.
I. Uma educação de qualidade deve, no que concerne à variação linguística, questionar as reações sociais advindas da percepção da língua como fenômeno homogêneo.
II. O desafio, para uma educação de qualidade, está em preparar a escola para combater a discriminação que tem origem nas diferenças entre as variedades linguísticas.
III. As variedades linguísticas próprias ao domínio da leitura, escrita e fala nos espaços públicos, que devem ser ensinadas pela escola, são as que não sofreram variações sociais.
Segundo o texto, quais estão corretas?
(UFRGS - 2014)
Considere as seguintes ocorrências de artigo no texto.
O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei – 1as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, 6os homens eram 8desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que 2fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, 12“lei privada”, uma prerrogativa 13especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, 3pois havia sido 19ungido como 16o agente de Deus na terra. Durante todo 17o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses 9pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram 14empanar 20a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionária. 7Seria ótimo se pudéssemos associar 18a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha 24não se limitaram a destruir 21um símbolo do despotismo real. 4Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por 25Paris 22na ponta de uma lança. Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos 26novos tornaram-nos 15céticos quanto ao 10planejamento social. 27Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um 23prelúdio ao 11totalitarismo. Pode ser. Mas um excesso de visão 28histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789. Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se 29desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. 5Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.
Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.
I. O artigo definido na referência 16.
II. O artigo definido singular na referência 17.
III. O artigo definido na referência 18.
Quais poderiam ser omitidos, preservando a correção de seus contextos?
Ver questão
(Ufrgs 2006) Considere as seguintes afirmações sobre referentes de segmentos do texto.
5Se escapar do 8bombardeio 1 ........ está sendo submetido, 11um achado divulgado 14anteontem por pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo eles, pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos - 6embora os registros mais antigos de presença humana no continente não ultrapassem 2 ........ 13 mil anos.
A equipe, liderada pela 17geoarqueóloga mexicana Silvia González, achou os rastros na beira de um antigo lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, 15depois de um desses episódios, um grupo de pessoas (entre as quais crianças, a julgar pelas dimensões das pegadas) teria caminhado sobre a cinza, deixando sua 9marca. Usando uma série de métodos diferentes, o grupo britânico datou fósseis de animais no mesmo nível da pegada, assim como sedimentos 19em volta da própria, chegando à data de por volta de 40 mil anos 16antes do presente. 22Hoje, o sítio arqueológico das Américas mais antigo cujas datas são aceitas pelos cientistas é Monte Verde, no extremo sul do Chile, com americanos cruzaram o estreito de Bering, vindos do extremo nordeste da Ásia, para chegar ao Novo Mundo. "Novas rotas de migração3 ........ expliquem a existência desses sítios mais antigos precisam ser consideradas. Nossos achados reforçam a teoria4 ........ 10esses primeiros colonos tenham vindo pela água, usando a rota da costa do Pacífico", disse González em comunicado. "Nunca se deve dar a conhecer um achado tão importante numa entrevista coletiva", critica o antropologo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico. 12O pesquisador já chegou a estudar os antigos mexicanos junto com a arqueóloga, 7mas teve "divergências inconciliáveis" com ela. 13"Uma data de 40 mil anos não necessariamente leva a modelos alternativos do povoamento, 23muito menos recorrendo a rotas transpacíficas", diz.
Adaptado de: LOPES, Reinaldo José. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2005, p. A 16.
I - O substantivo BOMBARDEIO (ref. 8) refere-se às frequentes chuvas de cinza vulcânica que atingem o achado.
II - O substantivo MARCA (ref. 9) refere-se essencialmente a pegadas de crianças.
III - A expressão "esses primeiros colonos" (ref. 10) refere-se aos migrantes que deixaram suas pegadas no centro do México.
Quais estão corretas?
Ver questão