Questão 43962

(PUC/SP - 2007) A Idade Média é muitas vezes chamada de “era das trevas” a expressão:

A

Revela análise cuidadosa da inexpressiva produção intelectual e artística do período, voltada apenas à temática religiosa. 

B

Permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.

C

Nasceu do esforço medieval de negar a antiguidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas.

D

Demonstra o desprezo do racionalismo contemporâneo pelas concepções mágicas tão em voga no período medieval

E

Descreve o único período da história ocidental em que os Estados nacionais, criados na antiguidade e recriados no século XV, não existiram. 

Gabarito:

Permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.



Resolução:

a) Revela análise cuidadosa da inexpressiva produção intelectual e artística do período, voltada apenas à temática religiosa. 

Incorreto. Durante o período da Idade Média houve expressiva produção intelectual e artística. Por mais que no ocidente a temática religiosa tenha prevalecido não podemos desvalorizar as produções deste amplo período. Ademais, é válido ressaltar que no oriente muito do que foi proibido na Europa continuou vigente, como por exemplo o estudos dos filósofos clássicos. Por fim, como parte da produção intelectual, houve o surgimento das primeiras universidades europeias neste período. 

b) Permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.

Correta. É sempre importante pensar que é a historiografia que à posteriori dá nome aos períodos do passado, portanto seus julgamentos ficam refletidos nessa classificação conforme o interesse dos pôsteres ao movimento histórico.

c) Nasceu do esforço medieval de negar a antiguidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas.

Incorreto. As sociedades medievais não desempenharam um esforço para negar a antiguidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas - mas sim, se desenvolveram de forma contrária ao Império, que visava centralizar a administração territorial sob Roma, enquanto no medievo a organização social feudal fragmentava a administração dos territórios. Essa ideia de retomar os valores artísticos e filosóficos greco-romanos vem do Renascimento, um movimento artístico e cultural que marca a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.

d) Demonstra o desprezo do racionalismo contemporâneo pelas concepções mágicas tão em voga no período medieval

Incorreto. A Idade Média possui a sua racionalidade, a sua forma de pensar, entretanto, muitas vezes associados com a religião. A Idade Média não possui apenas "concepções mágicas". Ademais, é o racionalismo moderno que desvaloriza o Medieval e nomeia esse período como Idade das Trevas em contraponto ao Século das Luzes.

e) Descreve o único período da história ocidental em que os Estados nacionais, criados na antiguidade e recriados no século XV, não existiram. 

Incorreto. Não foi o único período no qual os Estados nacionais não existiam.

 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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