(ENEM PPL - 2019)
Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo!”.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).
O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da
qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.
Gabarito:
qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
a) Correta. qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
A filosofia de Nietzsche aponta para uma teoria de aperfeiçoamento do ser humano por meio da vontade de poder, na qual está em jogo uma existência que é vivida por valores construídos na imanência, tendo em mente que o homem deverá sempre vivê-los na própria temporalidade, ao invés numa eternidade atemporal.
b) Incorreta. conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
O ideal do eterno retorno se volta contra tendências metafísicas, que se estendem à eternidade atemporal e espiritual, para voltar-se a uma eternidade temporal e que, dessa forma, provocaria um melhor viver de acordo com a subjetividade da moralidade.
c) Incorreta. legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
Tal aspecto não é incorporado pela teoria nietzscheana, bem como não é trabalhado no texto.
d) Incorreta. veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
Para Nietzsche, tais aspectos não são postulados ou definidos por aspectos cosmológicos.
e) Incorreta. validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.
Tal teoria trata, não da validade, mas da existência desses certos padrões que devem ser desconstruídos por uma genealogia da moral.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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