Questão 47978

(ENEM PPL - 2019)

Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.

MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.

O uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por 

A

focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica. 

B

permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais. 

C

neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico. 

D

promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem. 

E

registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.

Gabarito:

registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.



Resolução:

a) focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica. 

Incorreta.  As metodologias em questão visam trazer mais visibilidade e legitimidade acerca dos grupos citados, no entanto, as mesmas não visam gerar empregabilidade, e sim explanar sobre as condições destes.

b) permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais. 

Incorreta.  Tal intuito não é presente, ou mesmo possível, a partir da medida citada.

c) neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico. 

Incorreta.  Mesmo tais narrativas produzidas a partir dessa metodologia inovadora são dotadas desse "viés acadêmico", o que comprova que tal intuito não era presente.

d) promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem. 

Incorreta.  Tal medida se é inviável por meio da produção de narrativas históricas - para isso, seriam demandadas políticas públicas com tal finalidade.

e) registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.

Correta.  



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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