(ENEM PPL - 2019)
A ciência ativa rompe com a separação antiga entre a ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica (techne), o saber aplicado, integrando ciência e técnica. Do ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da observação e do método experimental opõe a ciência ativa à ciência contemplativa dos antigos; assim também, a utilização da matemática como linguagem da física, proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica, e contrária à concepção aristotélica.
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).
Nesse contexto, a ciência encontra seu novo fundamento na
A utilização da prova para confirmação empírica.
apropriação do senso comum como inspiração.
reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
construção do método em separado dos fenômenos.
consolidação da independência entre conhecimento e prática.
Gabarito:
A utilização da prova para confirmação empírica.
a) Correta. A utilização da prova para confirmação empírica.
A ciência ativa não parte mais de deduções ou de uma contemplação intelectiva das ideias, mas confirma hipóteses por meio de experimentos científicos que visem comprová-las.
b) Incorreta. apropriação do senso comum como inspiração.
Por mais que as reflexões partam de discussões que pairam, de certa forma, sob o senso comum, este não serve como inspiração para o fomento do novo paradigma de conhecimento citado, pois o senso comum não utiliza-se de metodologias para justificação de suas crenças.
c) Incorreta. reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
A metafísica clássica, de cunho aristotélico, é recusada na ciência ativa, por isso tais princípios não foram incorporados nesse paradigma.
d) Incorreta. construção do método em separado dos fenômenos.
O método de conhecimento empírico ocorre justamente sob a comprovação a partir da observação dos fenômenos.
e) Incorreta. consolidação da independência entre conhecimento e prática.
A prática, nesse contexto de avanço do ideal empirista, foi utilizada como comprovação do conhecimento.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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