(ENEM PPL - 2018) Ocorre que a grande obra nunca é apenas a tradução do engenho e arte do seu autor, seja este escritor, filósofo, cientista, pintor, músico, arquiteto, escultor, cineasta. Em geral, a grande obra é também, ou mesmo principalmente, a expressão do clima sociocultural, intelectual, científico, filosófico e artístico da época, conforme se expressa em alguma coletividade, grupo social, etnia, gênero ou povo.
IANNI, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo Social, n. 1, jun. 2004.
O fragmento define o que é uma grande obra de arte. Como estratégia de construção do texto, o autor faz uso recorrente de
enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
repetições para retificar as características do objeto descrito.
generalizações para sintetizar as ideias expostas.
adjetivações para descrever a obra caracterizada.
sinonímias para retomar as características da atividade autoral.
Gabarito:
enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
A) CORRETA: tanto na primeira parte, quanto na segunda, é possível observar que tudo que o autor fez para embasar seu pontod e vista foi o fato de enumerar alguns exemplos. No primeiro caso, ele enumerou os reponsáveis pelas grandes obras e também enumerou que tipo de expressão simboliza as grandes obras.
B) INCORRETA: o autor do texto não repetiu nem um único elemento do texto para embasar sua opinião. Todos os elementos que ele emnumera são elementos diferentes um dos outros.
C) INCORRETA: a generalização só ocorreria se o autor escrevesse "todos os tipos de artista". No entanto, ele especificou de quais artistas ele está se referindo, enumerando cada um deles.
D) INCORRETA: há de fato adjetivações nesse texto, mas esse não é o uso recorrente que o enunciado está se referindo. Sabemos disso porque, para ser caracterizado como um uso recorrente, tem que ocorrer em todo ou na maior parte do texto.
E) INCORRETA: são poucas as palavras que possuem relações sinonímias entre si. As palavras são, majoritariamente, de sentido único nesse texto.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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