(ENEM/PPL - 2018)
O Morro do Vidigal é um clássico do Rio de Janeiro. A vista dá para Ipanema e a favela é pequena e relativamente segura. Aos poucos, casas de um padrão mais alto estão sendo construídas. Artistas plásticos e gringos compraram imóveis ali. Os moradores recebem propostas atraentes e se mudam. Não são propostas milionárias. Apenas o suficiente para se transferirem para um lugar mais longe e um pouco melhor. Os novos habitantes, aos poucos, impõem uma nova rotina e uma nova cara.
NOGUEIRA, K. O que é gentrificação e por que ela está gerando tanto barulho no Brasil. Disponível em: www.diariodocentrodomundo.com.br. Acesso em: 7 jul. 2015 (adaptado).
O texto discute um processo em curso em várias cidades brasileiras. Uma consequência socioespacial desse processo é a
expansão horizontal da área local.
expulsão velada da população pobre.
alocação imprópria de recursos públicos.
privatização indevida do território urbano.
remoção forçada de residências irregulares.
Gabarito:
expulsão velada da população pobre.
a)Incorreta, pois, o crescimento horizontal refere-se à concentração de casas, já que o crescimento vertical refere-se à concentração de prédios, assim, como a região é favelizada, há uma grande concentração de casas, contudo, com a construção de casas maiores por parte dessa nova população de classes econômicas mais altas, há uma diminuição do número de casas na mesma área, já que agora uma casa ocupa a área de diversas outras do ambiente favelizado, o que gera uma diminuição do crescimento horizontal da região.
b)Correta, pois, com a construção dessas casas pelas classes econômicas mais altas, haverá a expulsão da população pobre dessa região favelizada para que essas casas serem construídas. E essa expulsão está velada, pois, ela não é exposta no texto, sendo evidenciado, apenas, a ocupação da região por classes econômicas mais altas.
c)Incorreta, pois, não foram citados os recursos públicos no texto, logo, esses não possuem relação direta com o contexto exposto pelo mesmo.
d)Incorreta, pois, esse território já é privado, logo, irá ocorrer, apenas, a troca dos donos desses terrenos para a construção de novas casas por parte dessas classes econômicas mais altas.
e)Incorreta, pois, a remoção dessa população não é forçada, já que as pessoas de classes econômicas mais altas irão comprar os terrenos dessas habitações irregulares para construírem casas maiores e mais modernas, e, não, expulsar as pessoas sem o pagamento, como a alternativa deixa a entender.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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