Questão 49683

(ENEM PPL - 2017) 

Fazer 70 anos

Fazer 70 anos não é simples.
A vida exige, para o conseguirmos,
perdas e perdas no íntimo do ser,
como, em volta do ser, mil outras perdas.
[…]
Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião!
Nós o conseguimos…
E sorrimos
de uma vitória comprada por que preço?
Quem jamais o saberá?

ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São Paulo: Círculo do Livro, 1992 (fragmento)

 

O pronome oblíquo “o”, nos versos “A vida exige, para o conseguirmos” e “Nós o conseguimos”, garante a progressão temática e o encadeamento textual, recuperando o segmento

A

“Ó José Carlos”.

B

“perdas e perdas”.

C

“A vida exige”.

D

“Fazer 70 anos”.

E

“irmão-em-Escorpião”.

Gabarito:

“Fazer 70 anos”.



Resolução:

A) INCORRETA: porque o elemento "Ó José Carlos" vem após o uso do pronome oblíquo átono "o". Como o pronome retoma, o termo retomado deve estar necessariamente antes do pronome.

B) INCORRETA: pois, assim como o termo da alternativa anterior, "perdas e perdas" vem logo após o uso do pronome oblíquo átono e não pode ser retomado por ele. Além disso, "perdas e perdas" é um termo no feminino plural, devendo ser retomado por "as".

C) INCORRETA: porque "A vida exige" é um termo, a princípio, feminino que acompanha um verbo, impossibilitando ser retomado por um pronome masculino e no singular, além de ser um termo que possui um verbo junto a ele.

D) CORRETA: podemos afirmar que "Fazer 70 anos" tem a mesma função de um substantivo, pois podemos falar da seguinte forma: "Isso, fazer 70 anos, não é simples". Dessa forma, como é um termo que tem o valor de substantivo, além de ser uma ideia neutra, pode ser retomada por um pronome oblíquo átono masculino.

E) INCORRETA: "irmão-em-Escorpião" não é um termo retomado pelo pronome oblíquo "o", por estar depois desse termo, além de que ele é um tema especificador o "José Carlos".



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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