(ENEM PPL - 2016)
Inspirada em fantasias de Carnaval, a arte apresentada se opunha à concepção de patrimônio vigente nas décadas de 1960 e 1970 na medida em que
se apropriava das expressões da cultura popular para produzir uma arte efêmera destinada ao protesto.
resgatava símbolos ameríndios e africanos para se adaptar a exposições em espaços públicos.
absorvia elementos gráficos da propaganda para criar objetos comercializáveis pelas galerias.
valorizava elementos da arte popular para construir representações da identidade brasileira.
incorporava elementos da cultura de massa para atenderás exigências dos museus.
Gabarito:
se apropriava das expressões da cultura popular para produzir uma arte efêmera destinada ao protesto.
O sentido dessa arte é uma brincadeira com a expressão “por debaixo dos panos”. O enunciado salienta que tal arte “se opunha à concepção de patrimônio vigente nas décadas de 1960 e 1970”. Nesse sentido, pensando que nessas décadas existia um regime militar muito repressivo, a atuação política era “por debaixo dos panos”. O homem fez uma fantasia em que, por debaixo de seus panos, incorpora a revolta, demonstrando sua insatisfação com o cenário vivido.
a) Correto. É uma arte efêmera, pois se trata de uma fantasia de carnaval e destina-se ao protesto, dado que ele brinca com a expressão “por debaixo dos panos”, demonstrando que, na surdina, ele incorpora uma revolta contra o regime militar da época.
b) Incorreto. Não há elementos na imagem que nos permita interpretar que o homem vale-se de símbolos ameríndios e africanos. Isso é uma extrapolação da imagem.
c) Incorreto. A arte em questão não se trata de uma peça comercializável, mas sim, de uma fantasia de carnaval caseira.
d) Incorreto. Não é possível identificar elementos da arte popular na imagem que constroem alguma representação da identidade brasileira. Isso é uma extrapolação da imagem.
e) Incorreto. A arte em questão não foi produzida no intuito de ser exposta num museu, mas sim, de ser utilizada como fantasia de carnaval.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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