(ENEM PPL - 2015)
O primeiro contato dos suruís com o homem branco foi em 1969. A população indígena foi dizimada por doenças e matanças, mas, recentemente, voltou a crescer. Soa contraditório, mas a mesma modernidade que quase dizimou os suruís nos tempos do primeiro contato promete salvar a cultura e preservar o território desse povo. Em 2007, o líder Almir Suruí, de 37 anos, fechou uma parceria inédita e levou a tecnologia às tribos. Os índios passaram a valorizar a história dos anciãos. E a resguardar, em vídeos e fotos on-line, as tradições da aldeia. Ainda se valeram de smartphones e GPS para delimitar suas terras e identificar os dematamentos ilegais.
RIBEIRO, A. Não temos o direito de ficar isolados. Época, n. 718, 20 fev. 2012 (adaptado).
Considerando-se as características históricas da relação entre índios e não índios, a suposta contradição observada na relação entre suruís e recursos da modernidade justifica-se porque os índios
aderiram à tecnologia atual como forma de assimilar a cultura do homem branco.
fizeram uso do GPS para identificar áreas propícias às novas plantações.
usaram recursos tecnológicos para registrar a cultura do seu povo.
fecharam parceria para denunciar as vidas perdidas por doenças e matanças.
resguardaram as tradições da aldeia à custa do isolamento provocado pela tecnologia moderna.
Gabarito:
usaram recursos tecnológicos para registrar a cultura do seu povo.
A) INCORRETA: a adesão da tecnologial atual não foi para assimilar a cultura do homem branco, mas, como o próprio texto nos aponta, elas serviram para "resguardar, em vídeos e fotos on-line, as tradições da aldeia".
B) INCORRETA: pois o uso do GPS foi feito para delimitar as terras e localizar desmatamentos ilegais.
C) CORRETA: a suposta contradição apontada no texto se dá justamente pelos impactos que a tecnologia teve nesse grupo cultural: o primeiro diz respeito ao contato do homem branco com os suruís, em que a tecnologia do homem branco provocou matanças e doenças nos povos indígenas; no segundo impacto, vemos que foi totalmente o oposto, pois a tecnologia do homem branco fez com que essa tribo indígena fosse capaz de armazenar as tradições e costumes da aldeia suruí.
D) INCORRETA: não há relatos no texto que os indígenas tenham utilizado as tecnologias de informação com esse intuito de denunciar as matanças.
E) INCORRETA: certamente houve um reguardo da cultura da aldeia, mas o próprio texto aponta que essa manutenção do patrimônio foi feito com "vídeos e fotos on-line". Ou seja, se foi on-line é porque eles estão conectados com o mundo também.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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