(UFPR - 2016 - 2ª FASE)
Leia com atenção o fragmento abaixo.
Segundo a citação de Maia e Pereira (2009, p. 7-8), retirada do livro Pensando com a Sociologia, “em seu famoso livro sobre as formas de fazer sociologia, Wright Mills utilizou a expressão ‘imaginação sociológica’. [...] essa imaginação poderia ser aprendida e exercida por qualquer pessoa educada que se mostrasse curiosa a respeito das relações entre biografia e história. Ou seja, a sociologia não seria simplesmente uma disciplina acadêmica ou uma ciência ultrassofisticada, mas uma forma de argumento público capaz de revelar as conexões entre as transformações na vida cotidiana e os processos mais amplos de mudança histórica”. Nas palavras de Wright Mills: “A ‘imaginação sociológica’ é um ato que permite ir além das experiências e das observações pessoais para compreender temas públicos de maior amplitude. O divórcio, por exemplo, é um fato pessoal inquestionavelmente difícil para o marido e para a esposa que se separam, bem como para os filhos. Entretanto, o uso da ‘imaginação sociológica’ permite compreender o divórcio não apenas como problema pessoal individual, mas também como uma preocupação social. O aumento da taxa de divórcio redefine uma instituição fundamental – a família”. Cabe salientar que a ‘imaginação sociológica’ não consistiria simplesmente em aumentar o grau de informação das pessoas, mas numa “[...] qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmos” (MILLS, 1969, p. 11). A imaginação sociológica é uma forma crítica de pensar em sociologia, que nos permite conectar a nossa experiência vivida (e a experiência vivida dos outros) no contexto mais amplo das instituições sociológicas em que ocorre. A utilização da ‘imaginação sociológica’ se fundamenta na necessidade de conhecer o sentido social e histórico do indivíduo na sociedade e no período no qual sua situação e seu ser se manifestam. Mills também sugere que “por meio da ‘imaginação sociológica’ os homens podem perceber o que está acontecendo no mundo e compreender o que acontece com eles, como minúsculos pontos de cruzamento da biografia e da história, na sociedade”
(MILLS, 1969, p. 14). (MAIA, João Marcelo Ehlert; PEREIRA, Luís Fernando Almeida. Pensando com a sociologia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.)
No fragmento de texto acima, o autor usa o divórcio para exemplificar de que forma as experiências individuais se conectam com as transformações sociais mais amplas. Com base nos conhecimentos sociológicos, caracterize a “imaginação sociológica”, discorrendo sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apontados no texto-base, e mencione e explique outro fato social para exemplificar o raciocínio da “imaginação sociológica”.
Gabarito:
Resolução:
(UFPR)
Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:
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(Ufpr 2008)
O autor apresenta como característica fundamental da televisão a seriação. Segundo ele, essa característica
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(Ufpr 2008)
Tendo em vista o texto, considere as afirmações a seguir:
1. A indecisão entre a ética particularista (da casa, amigos, família) e a ética universalista (da rua, do mundo público) é algo que nasce na esfera política e a ela se restringe.
2. O tratamento da corrupção no Brasil é marcado pela duplicidade ética que leva a condenar os estranhos, mas relevar os delitos das pessoas próximas.
3. O combate à corrupção do governo Lula mostrou que ela está vinculada a determinadas ideologias e partidos políticos.
4. A resistência de parlamentares a julgar o presidente do Congresso Nacional faz prevalecer a ética da casa em detrimento da ética da rua.
Assinale a alternativa correta
(UFPR - 2016 - 1ª FASE)
“E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta.
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