(UFPR - 2017 - 1ª FASE)
A crise final da escravidão, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistência, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistência à escravidão, o quilombo-rompimento, a tendência dominante era a política do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organização interna e suas lideranças de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores.
Já no modelo novo de resistência, o quilombo abolicionista, as lideranças são muito bem conhecidas, cidadãos prestantes, com documentação civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. Não mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderança, uma espécie de instância de intermediação entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existência de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade são tantos e tão essenciais que o quilombo encontra-se já internalizado, parte do jogo político da sociedade mais ampla.
(Quilombo abolicionista – cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camélias do Leblon e a abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. SP: Cia das Letras, 2003.)
Assinale a alternativa em que o ‘se’ apresenta a mesma função que a do termo sublinhado na sequência “Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia [...]”.
Cada um dos debatedores questionava se seria possível chegar a um acordo entre as partes
O desembargador Coelho Bastos quis pôr fim à cantoria abolicionista que se fazia na Gávea.
Abolicionistas e escravos entreolharam-se aturdidos com a situação apresentada.
Agindo de forma violenta, coercitiva e autoritária, os escravocratas prejudicavam-se ainda mais.
Os negros não tinham direito a queixar-se à polícia, por castigo de senhor branco.
Gabarito:
Os negros não tinham direito a queixar-se à polícia, por castigo de senhor branco.
No trecho “Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia [...]”, a partícula se funciona como parte integrante do verbo pronominal esforçar-se. Sendo assim, temos:
a) Alternativa incorreta. Aqui, o se funciona como conjunção integrante.
b) Alternativa incorreta. Aqui, o se funciona como índice de indeterminação do sujeito.
c) Alternativa incorreta. Aqui, o se funciona como pronome reflexivo.
d) Alternativa incorreta. Aqui, o se funciona como pronome reflexivo.
e) Alternativa correta. Aqui, o se faz parte do verbo pronominal queixar-se.
(UFPR)
Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:
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(Ufpr 2008)
O autor apresenta como característica fundamental da televisão a seriação. Segundo ele, essa característica
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(Ufpr 2008)
Tendo em vista o texto, considere as afirmações a seguir:
1. A indecisão entre a ética particularista (da casa, amigos, família) e a ética universalista (da rua, do mundo público) é algo que nasce na esfera política e a ela se restringe.
2. O tratamento da corrupção no Brasil é marcado pela duplicidade ética que leva a condenar os estranhos, mas relevar os delitos das pessoas próximas.
3. O combate à corrupção do governo Lula mostrou que ela está vinculada a determinadas ideologias e partidos políticos.
4. A resistência de parlamentares a julgar o presidente do Congresso Nacional faz prevalecer a ética da casa em detrimento da ética da rua.
Assinale a alternativa correta
(UFPR - 2016 - 1ª FASE)
“E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta.
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