Questão 53720

(UFPR - 2015 - 2ª FASE)

Leia abaixo um trecho da entrevista do físico Marcelo Gleiser ao jornal Zero Hora.

Zero Hora — O senhor veio a Porto Alegre para falar sobre “ética na ciência”. Curiosamente, uma recente coluna sua sobre
o tema está repleta de pontos de interrogação. O texto é uma sucessão de perguntas difíceis. O senhor já chegou a alguma
resposta?

Gleiser — Nessa coluna, comecei tratando do romance Frankenstein, um dos símbolos mais poderosos sobre a questão da ética
na ciência. Esse romance, de força mítica profunda, diz que existem certas questões científicas que estão além do que os humanos
podem controlar. Mesmo que tecnologicamente possamos fazer algo — caso do doutor Victor Frankenstein, ao ressuscitar um
cadáver usando eletricidade — não significa que moralmente estejamos prontos para fazê-lo. Você me pergunta se eu tenho
respostas. O que a gente está tentando é começar a fazer as perguntas certas. Porque só quando se faz as perguntas certas é
possível começar a encontrar algumas respostas.
ZH — E estamos prontos para chegar a essas respostas?
Gleiser — A questão em que você está interessado é se temos maturidade moral para decidir. E a resposta é simplesmente a
seguinte: não. Não temos maturidade moral para certas questões. Mas isso não significa que a gente não deva fazer a pesquisa.
Existe a ideia da Caixa de Pandora, onde estão guardados todos os males do mundo, e se você abre a Caixa de Pandora tudo
escapa. As pessoas veem a ciência como um tipo de Caixa de Pandora: “Ah, esses cientistas ficam fuxicando, descobrem problemas
sérios e depois a sociedade fica à mercê de avanços sobre os quais não temos controle”. Na verdade, não é nada disso. A ciência
tem de ter total liberdade de pesquisa, contanto que certas questões sejam controladas ou pelo menos monitoradas por corpos
especiais. Por exemplo, a questão da clonagem humana. Para mim, essa é uma das áreas que deveriam ser controladas com muito
cuidado.
ZH — Quem deveria decidir as regras sobre o que se pode fazer?
Gleiser — Essa é a grande questão. Quem decide o que pode e o que não pode? Quem tem o direito de decidir por todas as
pessoas? Acho que deveria haver uma aliança entre o Judiciário e um corpo de cientistas escolhido por órgãos do governo para
estabelecer regras. Mas, infelizmente, qualquer tecnologia que possa ser desenvolvida mais cedo ou mais tarde vai ser desenvolvida.
(Zero Hora.13 out 2013.)

Exponha as principais ideias de Marcelo Gleiser num texto de 8 a 10 linhas, totalmente em discurso indireto.

Gabarito:

Resolução:



Questão 2164

(UFPR) 

Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:

Ver questão

Questão 2766

 (Ufpr 2008)  

 

O autor apresenta como característica fundamental da televisão a seriação. Segundo ele, essa característica

Ver questão

Questão 2767

(Ufpr 2008)

 

 

Tendo em vista o texto, considere as afirmações a seguir:

1. A indecisão entre a ética particularista (da casa, amigos, família) e a ética universalista (da rua, do mundo público) é algo que nasce na esfera política e a ela se restringe.

2. O tratamento da corrupção no Brasil é marcado pela duplicidade ética que leva a condenar os estranhos, mas relevar os delitos das pessoas próximas.

3. O combate à corrupção do governo Lula mostrou que ela está vinculada a determinadas ideologias e partidos políticos.

4. A resistência de parlamentares a julgar o presidente do Congresso Nacional faz prevalecer a ética da casa em detrimento da ética da rua.

Assinale a alternativa correta

Ver questão

Questão 2873

(UFPR - 2016 - 1ª FASE)

“E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta.

Ver questão