Questão 53780

(UFPR - 2017 - 2ª FASE)

Considere o fragmento abaixo:

“Como tem sido bem documentado, desde o final do iluminismo estudos sobre a variação humana distinguiram diferenças raciais como aspectos cruciais da realidade, e um extenso discurso sobre a desigualdade racial começou a ser elaborado. Com a atenção voltada cada vez mais para as diferenças de gênero e sexo no século XIX, o gênero era notavelmente considerado análogo à raça, de modo que o cientista podia usar a diferença racial para explicar a diferença entre gênero e vice-versa. Assim, afirma-se que o leve peso do cérebro feminino e as estruturas cerebrais deficientes eram análogos aos das raças ‘inferiores’, e isto explicava as baixas capacidades intelectuais destas raças. Observou-se que a mulher se igualava aos negros pelo crânio estreito, infantil e delicado, tão diferente das mais robustas e arredondadas cabeças que caracterizavam os machos de raças ‘superiores’. De modo semelhante, as mulheres de raças superiores tinham a tendência às mandíbulas ligeiramente salientes, análogas, ou tão exageradas quanto as mandíbulas protuberantes de raças inferiores como os macacos. As mulheres e as raças inferiores eram consideradas impulsivas por natureza, emocionais, mais imitadoras que originais e incapazes do raciocínio abstrato e profundo igual ao do homem branco. A biologia evolucionista estipulou, ainda, mais analogias. A mulher era, em termos evolutivos, o ‘elemento conservador’ para o homem ‘progressivo’, preservando os traços mais ‘primitivos’ encontrados em raças inferiores, enquanto os homens de raças superiores indicavam o caminho para novas direções culturais e biológicas”.
(STEPAN, Nancy Leys, “Raça e gênero: o papel da analogia na ciência”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 74.)

Partindo da analogia entre raça e gênero e “metáforas científicas” no século XIX, conforme demonstra Nancy Leys Stepan, de que maneira podemos problematizar o discurso científico produzido a partir de concepções hierarquizadas da realidade social e por que elas não fazem mais sentido nos dias de hoje?

Gabarito:

Resolução:



Questão 2164

(UFPR) 

Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:

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Questão 2766

 (Ufpr 2008)  

 

O autor apresenta como característica fundamental da televisão a seriação. Segundo ele, essa característica

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Questão 2767

(Ufpr 2008)

 

 

Tendo em vista o texto, considere as afirmações a seguir:

1. A indecisão entre a ética particularista (da casa, amigos, família) e a ética universalista (da rua, do mundo público) é algo que nasce na esfera política e a ela se restringe.

2. O tratamento da corrupção no Brasil é marcado pela duplicidade ética que leva a condenar os estranhos, mas relevar os delitos das pessoas próximas.

3. O combate à corrupção do governo Lula mostrou que ela está vinculada a determinadas ideologias e partidos políticos.

4. A resistência de parlamentares a julgar o presidente do Congresso Nacional faz prevalecer a ética da casa em detrimento da ética da rua.

Assinale a alternativa correta

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Questão 2873

(UFPR - 2016 - 1ª FASE)

“E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta.

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