(UFU - 2019 - 1ª FASE ) O conflito árabe-israelense e a questão da Palestina consistem num processo de caráter político, religioso, econômico e socioambiental. Considerando-se os recursos hídricos e a geopolítica local, é correto afirmar que,
com a ocupação de territórios vizinhos, Israel teve acesso a novas fontes hídricas na Cisjordânia e no Rio Yarnuk, resolvendo o problema da falta de água
em todo o território original ocupado, a utilização da água subterrânea em Israel tem beneficiado os palestinos.
para Israel, a água é um problema de segurança nacional e representa um dos maiores obstáculos para um acordo de paz com os palestinos.
para os judeus, primeiros sionistas que chegaram à Palestina, a questão da água deixou de ter dimensão ideológica-religiosa
Gabarito:
para Israel, a água é um problema de segurança nacional e representa um dos maiores obstáculos para um acordo de paz com os palestinos.
a)Incorreta, pois, mesmo com acesso à essas novas fontes de água, o problema da falta de água não foi, totalmente, resolvido, tanto que diversos agricultores se moveram para a região entre o rio Jordão e o Yarnuk, no extremo nordeste do país, na divisa com a Jordânia, para utilizar dessa água que é um recurso escasso na região.
b)Incorreta, pois, além de existirem poucas águas subterrâneas no território de Israel, as mesmas são utilizadas, principalmente, para beneficiar a agricultura israelense na região, em detrimento da disponibilidade de água para os palestinos, que são o grupo que mais sofre com falta de água no território de Israel.
c)Correta, pois, devido à escassez de água na região, Israel, realmente, considera a água um problema de segurança nacional, logo, ela não abre mão de seus recursos hídricos, o que aumenta a vulnerabilidade da população palestina, que está situada, principalmente, na Faixa de Gaza que é uma região desértica, com pouco acesso à água. Assim, o acesso à água é uma das principais lutas dos palestinos, que sofrem com a escassez desse recurso, contudo, Israel não aceita disponibilizar mais desses recursos para os palestinos, o que faz com que o conflito e as discussões continuem, sem chegar em um acordo.
d)Incorreta, pois, a água continua tendo caráter ideológico e religioso, já que os judeus acreditam, por causa de sua religião, que aquela região pertence a eles, logo, os judeus não querem permitir que os palestinos tenham mais direitos sobre essas terras e seus recursos, justamente, devido à ideologia da religião judaica, que pontua essa região como sagrada para os praticantes dessa religião.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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