(UFU - 2019 - 1ª FASE )
Para Pais (1990, p. 164), “a cultura pode ser entendida como um conjunto de significados compartilhados; um conjunto de símbolos específicos que simbolizam a pertença a um determinado grupo; uma linguagem com seus específicos usos, particulares rituais e eventos, através dos quais a vida adquire um sentido. Esses ‘significados compartilhados’ fazem parte de um conhecimento comum, ordinário, quotidiano.”
PAIS, José Machado. A construção sociológica da juventude-alguns atributos. Revista Análise social: Lisboa, vol. XXV, 1990. p. 164.
Considerando-se o excerto acima, é correto afirmar que
a juventude pode ser estudada como uma categoria social na qual é possível estabelecer similaridades e diferenças sociais.
a cultura juvenil, para as Ciências Sociais, estabelece padrões individuais e próprios em todos os grupamentos humanos.
a juventude não pode ser estudada como uma categoria social, porque os jovens não estão no mercado de trabalho, e trabalho é a categoria fundamental para as Ciências Sociais.
a juventude é um problema social que deve ser enfrentado pelo Estado e pela Economia, mas está distante de se tornar um problema sociológico, pois carece de teorias próprias.
Gabarito:
a juventude pode ser estudada como uma categoria social na qual é possível estabelecer similaridades e diferenças sociais.
a) Correta. a juventude pode ser estudada como uma categoria social na qual é possível estabelecer similaridades e diferenças sociais.
Como aponta o texto acima, a cultura é compreendida como um compartilhamento de costumes, símbolos e práticas sociais que constituem um grupo com uma identidade própria. Dessa maneira, a juventude pode ser analisada enquanto uma categoria social, pois ela possui similaridades e diferenças sociais enquanto um grupo social, situado em cada circunstância cultural.
b) Incorreta. a cultura juvenil, para as Ciências Sociais, estabelece padrões individuais e próprios em todos os grupamentos humanos.
A cultura juvenil não possui tal padrão para todos os grupamentos humanos.
c) Incorreta. a juventude não pode ser estudada como uma categoria social, porque os jovens não estão no mercado de trabalho, e trabalho é a categoria fundamental para as Ciências Sociais.
As ciências sociais não analisam apenas a partir da categoria do trabalho, mas todas as relações que constituem um coletivo de indivíduos, um agrupamento social.
d) Incorreta. a juventude é um problema social que deve ser enfrentado pelo Estado e pela Economia, mas está distante de se tornar um problema sociológico, pois carece de teorias próprias.
A juventudade é um problema sociológico.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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