Questão 53905

(UFU - 2019 - 1ª FASE )

Em 2007, a escola de samba do Rio de Janeiro, Império Serrano, apresentou como enredo “Ser Diferente é Normal”, com a seguinte letra: “Temos que olhar de outro jeito / Quem nasceu diferente / E venceu preconceito / A gente tem que admirar / Harmonizar pra ser feliz / Diferença social, pra quê? / Tá na cara que a beleza / Está nos olhos de quem vê / Romantismo irradia energia pra viver”.

A letra dessa música traz informações que podem ser desdobradas e analisadas por meio de conceitos analíticos das Ciências Sociais.

Assinale a alternativa que apresenta esses conceitos analíticos.

A

Infraestrutura, violência, nepotismo.

B

Inclusão social, fetichismo da mercadoria, nepotismo.

C

Inclusão social, controle social, desigualdades sociais e culturais.

D

Infraestrutura, fetichismo da mercadoria, desigualdades sociais e culturais.

Gabarito:

Inclusão social, controle social, desigualdades sociais e culturais.



Resolução:

c) Correta. Inclusão social, controle social, desigualdades sociais e culturais.
A letra da canção da escola de samba Império Serrano trabalha sobre temas acerca sobre diversidade cultura, a importância de valorizá-la, tendo em mente aqueles que fogem dos padrões normativos culturais, além da importância da harmonia social e de uma crítica às diferenças sociais, no sentido da desigualdade social e cultural. Dessa forma, pode-se associar tais ideias à inclusão social, controle social, desigualdades sociais e culturais; ao conceito sociológico de inclusão social, pois está sendo dito sobre a importância de incluir o diferente; o controle social, como um conceito que é enfocado a partir de uma perspectiva crítica, quando a letra se opõe aos padrões culturais; às desigualdades sociais e culturais, no verso "diferença social, pra quê?".



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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