Questão 53906

(UFU - 2019 - 1ª FASE )

Para Marx e Engels, os homens sempre tiveram acesso a ideias falsas a respeito de si mesmos, daquilo que são ou deveriam ser, organizavam suas relações em função das representações sociais que lhes eram apresentadas, fazendo com que os produtos de suas ideias crescessem a ponto de dominá-los. Para eles, os criadores inclinavam-se diante de suas próprias criações.

Com base nas informações deduzíveis do texto, o conceito analisado pelos autores e a obra que nos remete a esse conceito são

A

mercadoria, na obra “O capital”.

B

ideologia, na obra “A ideologia alemã”.

C

comunismo, na obra “O manifesto comunista”.

D

capitalismo, na obra “O 18 de brumário de Luís Bonaparte”.

Gabarito:

ideologia, na obra “A ideologia alemã”.



Resolução:

b) Correta. ideologia, na obra “A ideologia alemã”.
Para Karl Marx, a ideologia é diretamente afetada pelas relações de dominação entre as classes sociais, como "falsa consciência" da realidade social. A ideologia é determinada pela classe dominante como uma crença que mistifica a realidade para garantir a estabilidade e a ordem social em benefício da classe dominante. São noções analisadas por Marx e Engels na obra “A ideologia alemã”.

 

a) Incorreta. mercadoria, na obra “O capital”.
O conceito de mercadoria não representa a ideia analisada acima, que claramente expressa a noção de ideologia. Portanto, não é O capital de Marx que é expresso essa concepção.

c) Incorreta. comunismo, na obra “O manifesto comunista”.
O comunismo não expressa exatamente as ideias acima, portanto não é O manifesto comunista de Marx que é expresso essa concepção.

d) Incorreta. capitalismo, na obra “O 18 de brumário de Luís Bonaparte”.
Não expressa o sentido de capitalismo, portanto não é O 18 de brumário de Luís Bonaparte de Marx que é expresso essa concepção.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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