Questão 53930

(UFU - 2019 - 1ª FASE ) “A não violência é a maior força e a mais ativa do mundo [...] Uma pessoa que sabe expressar a não violência em sua vida exerce força superior a todas as forças da brutalidade [...]”

Revista Paz e Terra, n. 6, ano II, p. 283. (Adaptado)

Mahatma Gandhi destacou-se como um líder pacifista que acreditava que a independência indiana da Inglaterra seria conquistada a partir da não violência e da mobilização espiritual. Primeiro país a conseguir a independência após a Segunda Guerra Mundial, a Índia não conseguiu manter a sua unidade territorial.

Em relação a esse processo, é INCORRETO afirmar que

A

em 1947, a Índia foi declarada independente e seu território foi divido em dois estados: Paquistão, com maioria muçulmana, e a própria Índia.

B

a artificialidade das fronteiras deixou o caso da região da Caxemira em aberto, gerando, desde então, tensão e conflitos entre os dois países.

C

depois de muito conflito, em 1972, a parte oriental do Paquistão se tornou independente e passou a se denominar Bangladesh.

D

a independência da Índia se deu, diferentemente do que pregava Gandhi, através de uma longa guerra de guerrilha, deixando milhares de mortos.

Gabarito:

a independência da Índia se deu, diferentemente do que pregava Gandhi, através de uma longa guerra de guerrilha, deixando milhares de mortos.



Resolução:

a) Em 1947, a Índia foi declarada independente e seu território foi dividido em dois estados: Paquistão, com maioria muçulmana, e a própria Índia. Esta afirmação está correta. Após a independência da Índia, o território foi dividido com base na religião, resultando na criação do Paquistão para muçulmanos e da Índia para hindus.

b) A artificialidade das fronteiras deixou o caso da região da Caxemira em aberto, gerando, desde então, tensão e conflitos entre os dois países. Essa afirmação está correta. A partilha da Índia resultou em tensões e conflitos, especialmente na região da Caxemira, que permanece disputada entre a Índia e o Paquistão até hoje.

c) Depois de muito conflito, em 1972, a parte oriental do Paquistão se tornou independente e passou a se denominar Bangladesh. Essa afirmação está correta. Após uma guerra de independência em 1971, a parte oriental do Paquistão se separou e tornou-se o país independente de Bangladesh.

d) A independência da Índia se deu, diferentemente do que pregava Gandhi, através de uma longa guerra de guerrilha, deixando milhares de mortos. Esta afirmação está incorreta. Gandhi pregava a não violência como meio de alcançar a independência da Índia, e não uma guerra de guerrilha. A independência da Índia foi alcançada principalmente por meio de movimentos de resistência pacífica liderados por Gandhi, embora também tenha havido episódios de violência e conflitos. Portanto, a alternativa d) é a incorreta.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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