Questão 56477

(FGV 2014) Leia atentamente o texto abaixo e depois assinale a alternativa correta:

"As bases de inspiração dessas novas elites eram as correntes cientificistas, o darwinismo social do inglês Spencer, o monismo alemão e o positivismo francês de Auguste Comte. Sua principal base de apoio econômico e político procedia da recente riqueza gerada pela expansão da cultura cafeeira no Sudeste do país, em decorrência das crescentes demandas de substâncias estimulantes por parte das sociedades que experimentavam a intensificação do ritmo de vida e da cadência do trabalho"

(SEVCENKO, N. “Introdução”. In: História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia das Letra, 1998, p. 14).

A

A difusão das teorias cientificistas e evolucionistas ao longo do século XIX forneceram argumentos para a crítica das práticas neocolonialistas, favorecendo o processo de descolonização. 

B

A influência das teorias cientificistas no Brasil é exemplificada, principalmente, pela formação de uma elite que estabeleceu uma plataforma de modernização que tinha como base o desenvolvimento comercial e agrícola do país

C

Apesar de o consumo do café estar adequado à aceleração do ritmo social no século XIX, a industrialização brasileira processou-se independentemente do complexo cafeeiro.

D

A incorporação do positivismo pelos militares brasileiros foi impedida pelas definições de Comte sobre o tipo militar como característico do regime teológico, marcado pelo domínio da força, da guerra e do comando irracional, ao contrário do tipo industrial que se manifestava na cooperação, na livre produção e na aceitação racional.

E

A adoção do ideário cientificista favoreceu a separação da Igreja e do Estado, bem como repercutiu no projeto de modernização conservadora das elites brasileiras no período republicano.

Gabarito:

A adoção do ideário cientificista favoreceu a separação da Igreja e do Estado, bem como repercutiu no projeto de modernização conservadora das elites brasileiras no período republicano.



Resolução:

A) Incorreta. Se favoreceu o neocolonialismo, não tem como ter contribuído para a descolonização. 

B) Incorreta. O desenvolvimento comercial e agrícola do Brasil em nada se relaciona com a influência de políticas cientificistas.

C) Incorreta. A industrialização brasileira foi possível devido aos recursos provenientes da comercialização do café. 

D) Incorreta. Comte não caracteriza o tipo militar como característico do estado teológico. 

E) Correta. As ideias positivistas, de Darwinismo Social, dentre outras de cunho eugênico, foram difundidas no Brasil e fomentaram a chamada "modernização conservadora" dentre o fim do século XIX e começo do XX, contando com políticas de embranquecimento, de industrialização, de expansão da mídia etc. 

 



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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