(ENEM PPL - 2011)
Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante ― em termos cósmicos ― da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.
Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).
Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto foi construído com o objetivo de
destacar o seu processo de construção, dando enfoque, principalmente, a recursos expressivos.
manter um canal de comunicação entre leitor e autor por meio de mensagens subjetivas.
transmitir informações, fazendo referência a acontecimentos observados no mundo exterior.
persuadir o leitor, levando-o a tomar medidas para evitar os problemas ambientais.
transmitir os receios e reflexões do autor no que se refere ao fim do mundo.
Gabarito:
transmitir informações, fazendo referência a acontecimentos observados no mundo exterior.
A) INCORRETA: pois essa afirmativa diz respeito à função metalinguística, algo que não ocorre nesse texto, uma vez que não é discorrido seu processo de criação, mas sim as informações sobre um asteróide que passou perto da Terra.
B) INCORRETA: pois essa afirmativa diz respeito à função fática da linguagem, mas não ao texto propriamente dito. Isso porque para que houvesse a manutenção do canal de contato, seria preciso que o texto tivesse mais perguntas (porque as suas respostas seriam o modo de haver sequencialidade no trecho) ou outras formas de para que sempre houvesse uma continuidade entre os interlocutores.
C) CORRETA: quando se observa a grande quantidade de informações que o texto traz sobre o asteroide, é possível perceber o uso da função referencial da linguagem, aquela responsável por dar um enfoque da informação que está sendo transmitida. Todos os dados apresentados são dados verdadeiros que não possuem nenhuma carga de pessoalidade, nenhum intento de convencer o leitor, nem de manter um suposto diálogo e nem de retratar a si mesmo.
D) INCORRETA: pois essa afirmativa diz respeito à função apelativa da linguagem, mas não é possível destacar no texto qualquer elemento em que se pretenda fazer com que o leitor faça ou deseje fazer algo. Como o foco está apenas no meteoro, são explanadas apenas informações sobre ele.
E) INCORRETA: pois essa afirmativa diz respeito à função emotiva da linguagem, em que o enfoque está sendo dado aos sentimentos do autor. No entanto, vemos que o texto está escrito todo em terceira pessoa (impessoal), com o intuito apenas de apresentar informações sobre o asteroide que passou e suas possíveis consequências.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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