(FGV - 2018)
A Terra formou-se como planeta há 4,5 bilhões de anos. A evidência mais antiga de vida foi encontrada em rochas com idade aproximada de 3,5 bilhões de anos. Há cerca de 2,5 bilhões de anos, a quantidade de oxigênio na atmosfera aumentou devido à fotossíntese dos vegetais primitivos. Os animais apareceram repentinamente há cerca de 600 milhões de anos, diversificando-se rapidamente numa grande explosão evolutiva. A subsequente evolução da vida foi marcada por uma série de extinções em massa. Nossa espécie apareceu há cerca de 40 mil anos.
(Frank Press et al. Para entender a Terra, 2006. Adaptado)
A passagem do tempo geológico é estudada a partir da análise
dos movimentos orogenéticos e do nível médio dos oceanos.
das camadas internas da Terra e dos abalos sísmicos.
dos horizontes do solo e das práticas agrícolas.
das falhas tectônicas e das toponímias continentais.
dos fósseis e da disposição das camadas rochosas.
Gabarito:
dos fósseis e da disposição das camadas rochosas.
a) Incorreta, pois, não é possível estimar o tempo geológico a partir dos movimentos orogenéticos e do nível médio dos oceanos, já que os movimentos orogenéticos possuem uma variação de intensidade durante o passar do tempo geológico, ou seja, não está ocorrendo sempre na mesma velocidade, e o nível médio dos oceanos varia em diversas regiões do mundo e não é possível estimar o mesmo em todas as regiões do globo por não deixar marcas nas rochas em todos esses locais para o usamos com esse objetivo.
b) Incorreta, pois, as camadas internas da Terra, infelizmente, ainda não foram alcançadas pelo homem, logo, nos podemos, apenas, estimar o que ocorre nas mesmas. Além disso, os abalos sísmicos variam e não conseguem ser previstos e especulados com precisão até que eles ocorram no interior da Terra.
c) Incorreta, pois, as práticas agrícolas são datadas de, aproximadamente, 10 mil anos antes de Cristo, ou seja, estão em um tempo geológico muito recente para ser usado como parâmetro.
d) Incorreta, pois, as falhas tectônicas se formam e se destroem no passar do tempo geológico, por isso, elas não são muito boas para analisar tempos geológicos muito distantes. Além disso, o termo "toponímias" refere-se à origem da nomenclatura(nome) de um local, logo, só se iniciam com a existência das línguas do homem, que está em um tempo geológico muito recente para podermos tirar tais conclusões.
e) Correta, pois, os fósseis, ao serem analisados, conseguem nos dar um período aproximado de sua existência e formação, o que nos ajuda a identificar o tempo geológico da vida. Além disso, as camadas rochosas também nos dão informações sobre quando as rochas foram formadas, a partir do resfriamento do magma, da aglomeração de sedimentos ou do metamorfismo de outras rochas, o que nos permite identificar o tempo geológico das rochas de nosso planeta.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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