(PUC/SP) Sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra: "O envio da FEB [Força Expedicionária Brasileira] ao teatro de operações veio coroar um processo que se iniciara quase quatro anos antes, mas que se constituiu igualmente em ponto de partida para uma nova etapa, qual seja, a da busca por parte do governo brasileiro de participação nos arranjos do pós-guerra, em função da instituição da nova ordem mundial."
(Pinheiro, Letícia. A Entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, in: Revista da USP, nº 26, 1995, pp. 109-117).
Em relação ao contexto ao qual o autor se refere, é correto afirmar que
o Estado brasileiro, comandado por Getúlio Vargas, manteve-se ideologicamente aliado às forças que combatiam o nazi-fascismo, durante todo o conflito mundial.
a nova ordem mundial pós-guerra foi estruturada com a predominância dos países europeus mais desenvolvidos, notadamente a Inglaterra, com a qual o Brasil estreitou alianças comerciais e diplomáticas.
o envio de tropas brasileiras à Itália, em defesa da democracia mundial, foi acompanhado, internamente, pelo crescimento das manifestações oposicionistas ao governo Vargas.
a participação do Exército brasileiro na Segunda Guerra era disputada tanto pelo Eixo, quanto pelos Aliados, graças à modernidade de seu aparelhamento bélico.
os soldados da FEB tiveram atuação destacada no desembarque de tropas aliadas na Normandia, operação de retomada dos territórios franceses ocupados pelos nazistas.
Gabarito:
o envio de tropas brasileiras à Itália, em defesa da democracia mundial, foi acompanhado, internamente, pelo crescimento das manifestações oposicionistas ao governo Vargas.
a) o Estado brasileiro, comandado por Getúlio Vargas, manteve-se ideologicamente aliado às forças que combatiam o nazi-fascismo, durante todo o conflito mundial.
Incorreto. Inicialmente, o Estado brasileiro se manteve neutro em meio ao conflito mundial.
b) a nova ordem mundial pós-guerra foi estruturada com a predominância dos países europeus mais desenvolvidos, notadamente a Inglaterra, com a qual o Brasil estreitou alianças comerciais e diplomáticas.
Incorreto. As relações do Brasil com os Estados Unidos no governo de Getúlio Vargas dão continuidade as relações na década de 1920, onde houve um grande crescimento entre os dois países. Na década de 1930, mesmo havendo períodos de estremecimento das relações, a afinidade entre eles sempre foi mantida. A confirmação dessas boas relações acontece com os acordos comerciais do início dos anos de 1930 e a aliança no período da Segunda Guerra Mundial, onde o Brasil concede aos Estados Unidos bases aeronavais em lugares estratégicos para o envio de tropas para o Continente Africano e posteriormente a Europa e para o patrulhamento no Atlântico Sul. Portanto, os EUA foi a sua principal aliança nesse contexto.
c) o envio de tropas brasileiras à Itália, em defesa da democracia mundial, foi acompanhado, internamente, pelo crescimento das manifestações oposicionistas ao governo Vargas.
Correta. A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial precipitou o fim da ditadura varguista do Estado Novo. Isso porque a luta do exército brasileiro contra regimes ditatoriais e totalitários na guerra foi utilizado pela oposição do governo como pretexto para exigir o fim da ditadura de Vargas e a imposição de medidas democráticas no país. Vargas acabou sendo deposto ainda em 1945.
d) a participação do Exército brasileiro na Segunda Guerra era disputada tanto pelo Eixo, quanto pelos Aliados, graças à modernidade de seu aparelhamento bélico.
Incorreto. Pode-se observar que o exército brasileiro à época não caracterizava a citada modernidade de seu aparelhamento bélico. Além disso, pode-se ter em vista que houve, inicialmente, uma posição de neutralidade do Brasil no conflito, mas que foi provocada pela aproximação do regime varguista ao governo nazista e fascista, mas que nos arranjos da guerra, foi abandonado em prol da pressão do governo estadunidense para encerrar o período de neutralidade. Sendo assim, em 1942 o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Eixo, quando Getúlio Vargas conseguiu que o presidente Franklin Roosevelt concedesse empréstimos e fomentos creditícios capazes de fomentar certa modernização nas Forças Armadas e para construir uma usina siderúrgica no país, a CSN. Em troca, o Brasil cedia um terreno no Rio Grande do Norte para instalação de uma base militar com o objetivo de ser o local de decolagem dos aviões que rumavam à Europa e ficou conhecida como o "Trampolim da Vitória", e ainda criou a FEB, Federação Expedicionária Brasileira, que foi treinada pelos estadunidenses e enviada ao auxílio nos confrontos.
e) os soldados da FEB tiveram atuação destacada no desembarque de tropas aliadas na Normandia, operação de retomada dos territórios franceses ocupados pelos nazistas.
Incorreto.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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