(UNICENTRO - 2019)
Para Jean Paul Sartre, filósofo existencialista contemporâneo, a liberdade não é uma escolha, pois o ser humano está “condenado a ser livre”. Assinale a alternativa mais adequada para fundamentar a concepção sartreana de liberdade.
A liberdade se impõe ao homem, pois a sua natureza determinada o faz um ser limitado frente ao poder de Deus e as forças naturais.
A vida humana se assemelha à vida de uma planta, cujo futuro já está escrito na semente, o que corresponde a compreender que Deus já determinou a essência de cada pessoa desde o seu nascimento.
O ser humano não está sujeito ao determinismo, ou seja, o seu ser não lhe é dado pronto e ele necessita, a cada momento, fazer escolhas a partir das quais vai construindo a sua essência, o seu ser, ou seja, o homem está obrigado a decidir o que fazer de si.
Ser livre é o mesmo que ser condenado, pois o destino da humanidade é avançar rumo ao aperfeiçoamento, com vistas à construção de um mundo melhor.
Condenação e liberdade andam juntas porque, ao ser livre, o homem está sujeito ao erro que o leva à condenação.
Gabarito:
O ser humano não está sujeito ao determinismo, ou seja, o seu ser não lhe é dado pronto e ele necessita, a cada momento, fazer escolhas a partir das quais vai construindo a sua essência, o seu ser, ou seja, o homem está obrigado a decidir o que fazer de si.
c) Correta. O ser humano não está sujeito ao determinismo, ou seja, o seu ser não lhe é dado pronto e ele necessita, a cada momento, fazer escolhas a partir das quais vai construindo a sua essência, o seu ser, ou seja, o homem está obrigado a decidir o que fazer de si.
A máxima existencialista é que a existência precede à essência, ou seja, não há uma essência ou uma definição pronta e acabada do que é o ser, mas esta é definida na existência humana, no concreto e em suas relações, de modo que o homem é entregue à própria liberdade, pois, fundado sobre o nada, sem que nada o defina, é obrigado a escolher o que fazer da própria identidade.
a) Incorreta. A liberdade se impõe ao homem, pois a sua natureza determinada o faz um ser limitado frente ao poder de Deus e as forças naturais.
A liberdade se impõe ao homem, mas a sua natureza não é determinada para que seja limitado pelo poder divino e as forças naturais, segundo Sartre. Além do ateísmo, para o filósofo, nada determina o homem.
b) Incorreta. A vida humana se assemelha à vida de uma planta, cujo futuro já está escrito na semente, o que corresponde a compreender que Deus já determinou a essência de cada pessoa desde o seu nascimento.
A vida humana não se assemelha à vida de de uma planta, pois não possui uma essência já predeterminada, além do ateísmo sartreano.
d) Incorreta. Ser livre é o mesmo que ser condenado, pois o destino da humanidade é avançar rumo ao aperfeiçoamento, com vistas à construção de um mundo melhor.
Sartre não oferece um conteúdo determnado à liberdade, um valor moral, mas estabelece a responsabilidade humana, não a busca pela construção de um mundo melhor.
e) Incorreta. Condenação e liberdade andam juntas porque, ao ser livre, o homem está sujeito ao erro que o leva à condenação.
A condenação a qual se refere Sartre não diz respeito a aspectos normativos, morais ou éticos, pois o problema da liberdade não está relacionada com a condenação por desvios éticos; antes o homem está fadado à liberdade, isto é, a liberdade humana ocasiona uma espécie de angústia do nada, para qual ele está irremediavelmente condenado, pois o ser humano é livre, em Sartre. A condição de liberdade não é fruto de escolhas, seja o que for que se faça com ela; o homem está condenado à liberdade.
(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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(Unicentro 2010)
“Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.
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(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)
A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.
(UNICENTRO - 2012)
Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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