Questão 59323

(UNICAMP - 2021 - 1ª FASE - 2º dia de aplicação)

Os tweets abaixo remetem ao contexto do trabalho domiciliar durante o período de isolamento social.

(Disponível em https://twitter.com/ajdewerd/status/1237495536036581379. Acessado em 30/07/2020.)

 

A resposta de Andrea ao tweet de Julieanne

A

questiona a eficácia de reuniões online no período de isolamento social.

B

complementa a crítica a comportamentos que devem ser evitados em reuniões online.

C

ilustra uma experiência que elas vivenciaram juntas em uma reunião online.

D

acrescenta outro tipo de dificuldade vivenciado em reuniões online.

Gabarito:

acrescenta outro tipo de dificuldade vivenciado em reuniões online.



Resolução:

RESOLUÇÃO KUADRO

A) INCORRETA, uma vez que a questão pede que analizemos o papel do Tweet de Andrea, não seu conteúdo, ou seja, ela não questiona diretamente a eficácia, apenas apresenta uma situação nova, além daquelas apresentadas pelo primeiro Tweet.

B) INCORRETA, uma vez que não é feita uma crítica aos comportamentos, eles são apenas elencados.

C) INCORRETA, uma vez que as situações elencadas são vividas por todas as pessoas que estão tendo que trabalhar online em virtude da pandemia de COVID-19 de 2020.

D) CORRETA, já que Andrea complementa o que foi dito por Julieanne, algo demarcado pelo uso do "you forgot" (você se esqueceu) no início do tweet.

RESOLUÇÃO UNICAMP

A alternativa a poderia confundir os candidatos, pois há uma série de interrogações no tweet de Andrea. Contudo, ela não está questionando a eficácia de reuniões on-line, como sugere a alternativa, mas listando falas e perguntas que se tornaram comuns nessas situações. Essa alternativa, portanto, é incorreta. A alternativa b foi a mais assimilada pelos candidatos depois da resposta correta. Isso pode ter ocorrido porque os candidatos conseguiram compreender que há uma relação de complementaridade entre o tweet de Andrea e o post de Julieanne. No entanto, essa relação não está pautada na crítica a comportamentos em reuniões on-line, o que elimina a alternativa. Na alternativa c, o equívoco está na vinculação dos tweets das duas internautas à possibilidade de que se trata de “uma experiência que elas vivenciaram juntas”. Isso não está posto direta ou indiretamente nos textos; ambas estão ilustrando problemas que emergem na situação descrita. Embora seja possível compreender que os dois tweets servem ao propósito de ilustrar experiências difíceis em reuniões on-line, o enunciado da questão (“A resposta de Andrea ao tweet de Julieanne...”) se volta especificamente para o tweet de Andrea. No referido post, Andrea complementa a lista de dificuldades mencionadas por Julieanne dando o exemplo hipotético da pessoa que sofre com a instabilidade de sua conexão de rede (“ope we lost Karen”; “oh Karen are you back?”). A alternativa d recupera todos esses sentidos e é, portanto, a correta.



Questão 2440

(Unicamp 2016)

Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.

(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)

Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:

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Questão 2558

(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)

É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).

Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.

O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”

Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.

Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro”  biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.

Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as  erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.

"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala,  recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os  nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se  entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e  governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

 

A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:

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Questão 2559

(Unicamp 2016)

 

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar

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Questão 2560

(Unicamp 2015)

 

Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.

Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.

 

Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.

Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.

 

Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.

Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.

 

 

Podemos afirmar que:

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