(UECE - 2012)
T E X T O
EL IMPONENTE MAUSOLEO DE NÉSTOR KIRCHNER
[1] Uno de los pocos detalles que decoran el
mausoleo del ex mandatario Néstor Kirchner
inaugurado este jueves, un año después de su
muerte, es una fotografía suya de un inocente
[5] niño con 9 años bajo el lema: "Cuando sea
grande quiero ser presidente". Decenas de
'peregrinos K' se agolparon este jueves a las
puertas del cementerio de Río Gallegos, la
ciudad natal del ex mandatario, para ser los
[10] primeros en acceder al monumental
mausoleo, al que poco antes se trasladó el
féretro de Kirchner en una ceremonia íntima,
encabezada por su viuda, la presidenta
Cristina Fernández. "Nunca nos dejan
[15] disfrutar nada", se quejó una mujer venida
desde El Calafate, donde murió Kirchner hace
exactamente un año, cuando los guardias le
impidieron ingresar al cementerio con su
bolso, las flores que traía como ofrenda y un
[20] muñeco con forma de pingüino, símbolo del
ex presidente. En pequeños grupos, la gente
pudo ingresar al camposanto para ser
revisados por los guardias con detectores de
metal y luego iniciar un peregrinaje de unos
[25] 200 metros hasta el acceso al complejo que
alberga el mausoleo, en la parte trasera del
cementerio. Una vez allí, y bajo estricta
vigilancia, los visitantes acceden al edificio
por una pesada puerta metálica que conduce
[30] hacia la derecha a una puerta de vidrio
blindado que lleva al recinto donde descansan
los restos de Kirchner, un sitio donde sólo la
familia puede acceder. De frente a la puerta
metálica de ingreso se accede a una escalera
[35] en forma de caracol que conduce a la primera
planta. Desde allí, y mirando hacia abajo a
través de una estructura de vidrio circular, se
puede observar el féretro del ex presidente,
ubicado en el centro de la planta baja,
[40] cubierto con una bandera argentina. Sobre el
cajón hay también una camiseta del Racing
de Avellaneda, el club de fútbol del que
Kirchner era fanático, un rosario, una flor y
los pañuelos blancos de las Madres y de las
[45] Abuelas de Plaza de Mayo. Por detrás del
féretro, se alza una gigantesca cruz de
madera y a un costado fue dispuesto el cajón
que contiene los restos del padre del ex
gobernante y primer secretario general de la
[50] Unión de Naciones Suramericanas. Desde el
piso superior se puede ver además, en la
planta baja, en un rincón, dos sillones y una
pequeña mesa. El edificio, cuya construcción
demandó 10 meses y cuyo costo es un
[55] misterio, es, por dentro y por fuera, una mole
gris de concreto, piedra volcánica, pizarra,
lajas y mármol de 13 metros de largo, unos
15 de frente y 11 de alto. Es una construcción
de líneas cortantes y puras, con algunas
[60] aberturas perpendiculares en las paredes que
permiten el ingreso de la luz natural. En la
parte central del techo hay un tragaluz con el
logotipo oficial del bicentenario de Argentina -
celebrado el año pasado- en colores celestes y
[65] amarillos, que al mediodía refleja sus tonos
sobre el féretro. La sobriedad del recinto sólo
se rompe con tres retratos de quien
gobernara Argentina entre 2003 y 2007. La
fotografía de su niñez, en blanco y negro, y
[70] que contiene su deseo de ser presidente
cuando fuese grande a la manera de un
mensaje para compartir en Facebook está
ubicado en la planta superior, donde también
hay una fotografía de Kirchner, en colores,
[75] con su pulgar en alto. El tercer retrato está en
la planta baja, una pintura del rostro del ex
presidente en tonos ocres. Por fuera, el
complejo, de 650 metros cuadrados, se
completa con un mástil gigante con una
[80] bandera argentina que se flamea con el
habitual viento patagónico y dos llamas
votivas. También hay una estructura
triangular que representa en la forma del
territorio argentino y una fuente rectangular.
[85] Sólo un par de coronas fueron colocadas a las
puertas del mausoleo, mientras la gente se
quedó con las ganas de llevarle sus sencillos
ramilletes al 'Lupo'. "Es una pena. Él se
merece nuestro homenaje y mucho más", dijo
[90] a Efe Lucía, una vecina de Río Gallegos, que
ingresó al lugar sola pues su esposo tuvo que
quedarse afuera porque traía consigo un
teléfono móvil con cámara.
Periódico EL MUNDO
Madrid, 28/10/2011
La palabra “sitio” (línea 32) es un heterosemántico, o sea, tiene significación distinta del portugués. ¿Qué opción trae otra palabra con la misma clasificación?
Ataúd.
Calzada.
Tráquea.
Maniobra.
Gabarito:
Calzada.
(UECE - 2014)
Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
Ver questão
(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
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(UECE - 2008)
Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.
A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL
Fernanda Colavitti
2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.
(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).
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