(UECE - 2011/2)
Descubren una extraña especie de animal con “dientes de sable”
[1] ”Uno lo ve y no lo cree, parece un animal imposible, como hecho de partes de diferentes criaturas. Es como descubrir un unicornio”. Juan Carlos Cisneros, [5] paleontólogo de la Universidad Federal de Piauí, en Ininga, Brasil, reconoce que se quedó de piedra cuando, con la ayuda de sus colegas, descubrió en una hacienda del estado brasileño de Río Grande del Sur parte [10] del cráneo y otros restos de un animal que la ciencia no había descrito jamás. Se trata, según los investigadores, de una nueva especie de herbívoro terápsido, pariente de los mamíferos modernos, que vivió en el [15] Pérmico hace de 260 a 265 millones de años, antes incluso de que aparecieran los dinosaurios. Su aspecto es de lo más insólito.
Tiene el tamaño de un perro grande, algo robusto, pero lo que más llama [20] la atención son sus dientes. Además de tener una especie de muelas en el paladar, lo que ya es una rareza, ostentaba un par de caninos de 12 centímetros que salían permanentemente de su boca, como ocurre [25] con los tigres dientes de sable. La investigación aparece publicada en la revista Science.
El equipo de Cisneros bautizó a la extraña criatura como Tiarajudens eccentricus. “’Tiarajud’ corresponde al [30] nombre del lugar donde fue encontrado, 'dens' significa dientes y 'eccentricus', Extraño”, explica a ABC el paleontólogo, experto en vertebrados. El equipo encontró el lado izquierdo del cráneo y diferentes [35] huesos, todos también del lado izquierdo del cuerpo. Los investigadores no saben cómo murió el animal, pero como los huesos aparecieron articulados, muy cerca unos de otros, creen que algún evento lo sepultó [40] rápidamente y pudo llegar así hasta nuestros días.
Lo que más llama la atención del Tiarajudens son sus curiosos dientes. “Tenía muelas en el cielo de la boca, algo que no se ha visto en ningún otro animal”, [45] señala Cisneros. Los dientes anchos, con coronas amplias, hechas para masticar plantas fibrosas, indican que se trata de un herbívoro. Por si esto fuera poco, la criatura lucía unos caninos enormes, del tamaño de [50] un crayón o un lápiz de cera, que nacían en el cráneo y quedaban siempre en el exterior, aunque el animal tuviera la boca cerrada. “Resultan muy extraños en un ser que se alimenta de vegetales. Posiblemente [55] pudieron servir para defenderse de sus depredadores, como ocurre con el jabalí o el hipopótamo, para luchar entre los machos en competencia por una hembra o para defender el territorio”, indica su [60] descubridor.
El Tiarajudens convivía con otros herbívoros que no masticaban, los pareiasaurios, algunos depredadores dinocéfalos y con anfibios gigantes del tamaño de un cocodrilo. Completaban un [65] curioso zoológico. Su hábitat era desértico, con dunas y pequeños lagos, muy diferente al Brasil actual y más parecido, por ejemplo, a Namibia.
Juan Carlos Cisneros está seguro de que se trata de una nueva especie, y no [70] de algún animal ya conocido con una anomalía. ”Son demasiadas características nuevas”, insiste. El único ser con el que ha encontrado alguna semejanza es con una criatura llamada “cabeza rara”, descubierta [75] hace diez años en Sudáfrica.
José Manuel Nieves Periódico: ABC - España 13/05/2010 (Adaptado)
*os números entre colchetes indicam os números das linhas do texto original.
“equipo” (línea 27) es palabra masculina en español y no femenina como en portugués. El otro heterogenérico está en
teléfono.
aprendizaje.
carroza.
momia.
Gabarito:
aprendizaje.
(UECE - 2014)
Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
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(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
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(UECE - 2008)
Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.
A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL
Fernanda Colavitti
2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.
(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).
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