(URCA 2014)
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena e do negro... Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo, em que se deliciam nosso sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra.”
(FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Círculo do Livro, 1989, p. 307).
Sobre o sociólogo, que teve grande influência na intelectualidade brasileira e a obra acima publicada pela primeira vez nos anos de 1930, e o idílico cenário da democracia racial brasileira, é correto afirmar:
defendia que os brasileiros eram completamente isentos de preconceito racial;
argumentava que a distância social, no Brasil, fora resultado dos preconceitos de cor e de raça, mais do que das diferenças de classe;
entendia que como os negros brasileiros desfrutavam de mobilidade social e oportunidades de expressão cultural, desenvolveram uma consciência de serem negros da mesma forma que seus congêneres norte-americanos;
tinha a convicção de que os negros no Brasil jamais desapareceriam, pois não se incorporavam aos brancos;
julgava que pelo processo de miscigenação os brasileiros tinham encontrado o caminho para evitar os problemas raciais enfrentados pelos norte-americanos.
Gabarito:
julgava que pelo processo de miscigenação os brasileiros tinham encontrado o caminho para evitar os problemas raciais enfrentados pelos norte-americanos.