(UNICENTRO - 2016)
Leia o texto a seguir.
Estes problemas inevitáveis da própria razão pura são Deus, a liberdade e a imortalidade, e a ciência que, com todos os seus requisitos, tem por verdadeira finalidade a resolução destes problemas chama-se metafísica. O seu proceder é, de início, dogmático, isto é, aborda confiadamente a realização de tão magna empresa, sem previamente examinar a sua capacidade ou incapacidade.
(KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 3.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. p.40.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de filosofia no pensamento de Kant, assinale a alternativa correta.
Destaca o conhecimento da essência das coisas como condição própria da razão.
Impõe o caráter superior da metafísica ao lidar com questões transcendentes.
Reforça o conhecimento empírico científico ao limitar-se à verdade da natureza.
Reivindica uma depuração crítica da razão que aponte os limites da metafisica.
Valoriza a lógica como instrumento possível para o conhecimento da metafísica.
Gabarito:
Reivindica uma depuração crítica da razão que aponte os limites da metafisica.
d) Correta. Reivindica uma depuração crítica da razão que aponte os limites da metafisica.
Kant, como proponente do criticismo, estabelece o esclarecimento (aufklätrung) para expressar a saída do homem de uma menoridade, isto é, o processo de autonomia do ser humano. Nesse sentido, a metafísica, segundo a proposta kantiana, utiliza-se do dogmatismo sem uma análise crítica das possibilidades do conhecimento metafísico. Dessa forma, ele denomina tudo o que envolve esse campo bem como a essência das coisas, isto é, a coisa em si, como númeno, o desconhecido; apenas os fenômenos podem ser conhecidos pelo intelecto.
a) Incorreta. Destaca o conhecimento da essência das coisas como condição própria da razão.
A essência das coisas ou a coisa em si, isto é, o númeno, não pode ser conhecido.
b) Incorreta. Impõe o caráter superior da metafísica ao lidar com questões transcendentes.
Ele não impôe o caráter superior da metafísica ao lidar com questões transcendentes, ao contrário, por influência de Hume, estabelece críticas á metafísica.
c) Incorreta. Reforça o conhecimento empírico científico ao limitar-se à verdade da natureza.
Ele não reforça o conhecimento empírico científico ao limitar-se à verdade da natureza, pois não se limita à experiência como um empirista, antes, vincula juízos a priori e a posteriori.
e) Incorreta. Valoriza a lógica como instrumento possível para o conhecimento da metafísica.
A metafísica não pode formar conhecimento, segundo Knat.
(Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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(Unicentro 2010)
“Os poemas homéricos têm por fundamento uma visão de mundo clara e coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois colocam em relação com ela tudo quanto cantam de importante – é, antes de mais nada, a partir dessa relação que se define seu caráter particular. Nós chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela se distancie muito da religião de outros povos e tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas conceituais à maneira de um dogma; antes se exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que é dito e pensado. E embora no pormenor muitas coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no essencial, os testemunhos não se contradizem. É possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas explícitas às questões sobre a vida e a morte, o homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus Editora, 2005 - p. 11.
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale a alternativa correta.
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(Unicentro 2010) Leia o fragmento de um texto pré-socrático:
“Ainda outra coisa te direi. Não há nascimento para nenhuma das coisas mortais, como não há fim na morte funesta, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: nascimento não é mais do que um nome usado pelos homens”.
(EMPÉDOCLES. Apud ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª Ed., São Paulo: Moderna, 2006 - p. 86.)
A respeito da relação entre mythos e logos (razão) no início da filosofia grega, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. O fragmento acima denota a “luta de forças” opostas na massa dos membros humanos, que ora unem-se pelo amor – no início todos os membros que atingiram a corporeidade da vida florescente –, ora divididos pela força da discórdia, erram separados nas linhas da vida. Assim ocorre também com todos os outros seres na natureza.
II. A verdade filosófica apresenta-se no pensamento de Empédocles através de uma estrutura lógica muito distante da “verdade” expressa nos relatos míticos dos gregos arcaicos.
III. Nascimento e morte, no texto de Empédocles, são apresentados por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa presente ainda em seu tempo. Essas imagens, consequentemente, se transpõem, sem deixarem de ser místicas, em uma filosofia que quer captar a verdadeira essência da realidade física.
IV. O fragmento denota continuidade do pensamento mítico no início da filosofia, pois estão presentes ainda o uso de certas estruturas comuns de explicação.
(UNICENTRO - 2012)
Sobre o pensamento socrático, analise as afirmativas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Sócrates é autor da obra Ética a Nicômaco.
( ) O pensamento socrático está escrito em hebraico.
( ) A ironia e a maiêutica são as bases de sua filosofia.
( ) Sócrates não criticou o saber dogmático, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas.
( ) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates.
A partir da análise dessas afirmativas, a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
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