(PUC/CAMPINAS - 2004) Sob os preceitos do Iluminismo [...] a Academia Francesa de Ciências assumiu a incumbência de criar medições padronizadas. [...] A Academia convencionou que a unidade-padrão de comprimento seria a décima milionésima parte da distância entre o Polo Norte e o Equador. [...] Os padrões de massa e de volume foram calculados a partir do metro, seguindo o mesmo princípio. O grama foi definido como a massa de 1 decímetro cúbico de água pura a 4 ºC, temperatura em que atinge a maior densidade. O litro passou a equivaler ao volume de um cubo com 10 centímetros de lado (ou seja, 1 centímetro cúbico). Foi uma mudança e tanto. [...] Apesar da revolução no pensamento e na concepção de mundo, um fator não mudou: as medidas continuaram a ser usadas como instrumento de poder. [...] Na época, dois impérios rivalizavam em equilíbrio de poder: o francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, e o inglês. Por isso, a França e todos sob sua influência direta ou indireta adotaram o sistema métrico decimal, como o Brasil, que, em 1862, por decreto de Dom Pedro II, abandonou as medidas de varas, braças, léguas e quintais para aderir ao metro.
Revista Superinteressante, nº 186, São Paulo: Abril, 2003. p. 45-6.
O Iluminismo inspira o movimento revolucionário francês no final do século XVIII. No tocante a esse movimento, pode-se concluir que
a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
o governo de Napoleão Bonaparte tornou-se conhecido pela intensa repressão política, sendo inclusive o responsável direto pela ordem de execução de Luis XV e de sua família, durante a segunda fase da Revolução Francesa.
a Comuna de Paris, sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, desencadeou a luta política que provocou a deposição do Império Napoleônico, iniciado com a Revolução Francesa.
a queda de Napoleão Bonaparte, no início da Revolução Francesa, teve grande repercussão na Assembleia Constituinte, já que os senhores feudais perderam a hegemonia sobre o poder legislativo.
os jacobinos, que tiveram uma participação ativa na Revolução Francesa, aliaram-se à Napoleão Bonaparte buscando garantir, no seu governo, garantias sociais para os camponeses e para os operários de Paris.
Gabarito:
a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
a) a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
Correta.
b) o governo de Napoleão Bonaparte tornou-se conhecido pela intensa repressão política, sendo inclusive o responsável direto pela ordem de execução de Luis XV e de sua família, durante a segunda fase da Revolução Francesa.
Incorreta. O governo em vigor na época da execução de Luís XVI era de ordem jacobina.
c) a Comuna de Paris, sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, desencadeou a luta política que provocou a deposição do Império Napoleônico, iniciado com a Revolução Francesa.
Incorreta. O governo de Napoleão marca justamente o fim da Revolução Francesa.
d) a queda de Napoleão Bonaparte, no início da Revolução Francesa, teve grande repercussão na Assembleia Constituinte, já que os senhores feudais perderam a hegemonia sobre o poder legislativo.
Incorreta. Nota-se que a Assembleia Nacional Constituinte esteve em atividade formal entre 1789 e 1791, ou seja, durante a Revolução Francesa e antes do período Napoleônico.
e) os jacobinos, que tiveram uma participação ativa na Revolução Francesa, aliaram-se à Napoleão Bonaparte buscando garantir, no seu governo, garantias sociais para os camponeses e para os operários de Paris.
Incorreta. A principal base de apoio napoleônica era proveniente da alta burguesia francesa, os girondinos.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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