(ENEM PPL - 2020)
O Globo, 12 fev. 2012 (adaptado).
Considerando-se os contextos de uso de “Todas chora”, essa expressão é um exemplo de variante linguística
típica de pessoas despreocupadas em seguir as regras de escrita.
usada como recurso para atrair a atenção de interlocutores e consumidores
transposta de situações de interação típicas de ambientes rurais do interior do Brasil.
incompatível com ambientes frequentados por usuários da norma-padrão da língua
condenável em produtos voltados para uma clientela exigente e interessada em novidades.
Gabarito:
usada como recurso para atrair a atenção de interlocutores e consumidores
A) INCORRETA: não se pode afirmar que há uma despreocupação, mas sim que foi um uso proposital, como o próprio texto diz, para que seus objetivos narrativos e propagandísticos fossem atingidos
B) CORRETA: ao colocar um erro de concordância tão evidente assim, a primeira atitude dos interlocutores é de olhar para o material e critica-lo, o que faz com que eles se sintam obstinados a ler o complemento do texto, levando-os a observar também a publicidade que nele contém, atingindo os objetivos do texto.
C) INCORRETA: não foi transposta esse erro de uma região do interior, mas, como o próprio texto nos indica, foi extraído de uma comparação com outra frase que segue na mesma incorreção, provinda da rede social do Twitter.
D) INCORRETA: o uso dessa modalidade com usuários da norma-padrão da língua portuguesa não é um problema, uma vez que mesmo esses usuários podem fazer uso dessa modalidade em outros meios linguísticos e sabem reconhecer quando algo se trata de um erro crasso ou do uso de uma variante linguística.
E) INCORRETA: porque, mesmo com uma clientela que é rígida quanto ao correto uso da norma-padrão da língua portuguesa, esse anúncio atinge-os da mesma forma, ao demonstrar que a escolha das palavras e da concordância foi proposital para que os consumidores se detivessem um momento e lessem o anúncio publicitário.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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