(ENEM PPL - 2020)
Cúentame, madre...
Madre, cuéntame todo lo que sabes por tus viejos dolores. Cuéntame cómo nace y cómo viene su cuerpecillo, entrabado con mis vísceras.
Dime si buscará solo mi pecho o si se lo debo ofrecer, incitándolo.
Dame tu ciencia de amor, ahora, madre. Enséñame las nuevas caricias, delicadas, más delicadas que las del esposo.
¿Cómo limpiaré su cabecita, en los días sucesivos? ¿Y cómo lo haré para no dañarlo? Enséñame, madre, la canción de cuna con que me meciste. Esa lo hará dormir mejor que otras canciones.
MISTRAL, G. Cuéntame madre. In: Desolación. Madrid: Espasa-Calpe, 1969.
Na prosa poética de Gabriela Mistral, o eu lírico, com o uso reiterado do imperativo, demonstra
caráter autoritário da filha frente à mãe.
polidez ao se dirigir à mãe para pedir ajuda.
meticulosidade ao realizar atribuições maternas.
súplica diante das inquietações da maternidade.
dependência da mãe em questões matrimoniais.
Gabarito:
súplica diante das inquietações da maternidade.
a) INCORRETA, uma vez que a filha está pedindo conselhos à mãe, não está sendo autoritária, isso fica claro por causa do tom emotivo presente no texto, que contém um quê de memórias e dúvidas acerca de como lidar com a própria experiência da maternidade.
b) INCORRETA, pois o imperativo é um tempo verbal que expressa pedidos ou ordens e no texto não vemos a presença de expressões polidez, é mais uma súplica feita pela autora de maneira pessoal para sua mãe.
c) INCORRETA, já que os verbos não são capazes de expressar essa meticulosidade já que são verbos que expressam pedidos, como "cuéntame", "dime" e "enséñame". O único verbo que fala explicitamente sobre cuidados com o bebê é "limpiaré", que não demonstra meticulosidade.
d) CORRETA, dado que o texto é em si recheado de pedidos de ajuda da autora para a mãe sobre como cuidar da sua própria criança. A noção da súplica fica muito evidente quando ela pede que a mãe lhe ensine como limpar o bebê sem o machucar pelo uso de "dañarlo" e como fazer para limpá-lo todos os dias.
e) INCORRETA, visto que o texto não fala sobre questões matrimoniais, só fala sobre como o marido é mais bruto com relação ao trato do bebê do que ela.
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
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(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
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