(ENEM PPL - 2020)
Roberto Segre. Arquiteto do mundo.
Nascido em Milão, em 1934, o arquiteto Roberto Segre emigrou para a Argentina aos cinco anos, fugindo do fascismo italiano. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se para Cuba, onde permaneceu dando aulas de história da arquitetura e urbanismo na Universidade de Havana até 1994. Segre se mudaria definitivamente para o Brasil, em 1994, a convite da UFRJ. Em 2007, recebeu o título de doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico de Havana. Roberto Segre morreu, na manhã de anteontem, aos 78 anos, atropelado por um motociclista, quando caminhava na Praia de Icaraí, em Niterói, onde morava. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo será velado amanhã, das 9 h às 17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur, 250, na Praia Vermelha, Urca.
Disponível em: www.iabrj.org.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
2Na organização desse texto, observam-se traços comumente característicos de biografias, entretanto, trata-se de um(a)
A aviso, pois sua função é advertir o leitor sobre o perigo de se caminhar nas orlas.
relato, pois descreve o acidente envolvendo um motociclista e seus desdobramentos.
obituário, pois tem o propósito de levar ao leitor informações sobre o velório do professor.
anúncio, pois divulga o recebimento do título de doutor honoris causa pelo professor morto.
notícia, pois seu objetivo é informar o leitor sobre o acidente, seguido da morte do professor.
Gabarito:
obituário, pois tem o propósito de levar ao leitor informações sobre o velório do professor.
A) INCORRETA: porque o texto se concentra na imagem do arquiteto Roberto Sege, e não na imagem do acidente (que é só uma das partes que compõe o texto). Se fosse aviso, os verbos estariam majoritariamente no modo imperativo e focado no acontecimento e não na pessoa.
B) INCORRETA: uma vez que só seria um relato se o texto estivesse concentrado no ato do acidente, e não contando toda a vida da pessoa que foi acidentada. Mesmo que fosse citada alguma pessoa, não seria dado muito enfoque a ela, mas sim ao evento que ela está envolvida.
C) CORRETA: sabe-se que se trata de um obituário porque o texto começa explicitando informações pessoais do morto (seu nascimento, coisas que fez, etc.) para depois informar seu falecimento. O ponto chave desse texto é o final, que resume o seu objetivo: "O corpo será velado amanhã, das 9 h às 17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur, 250, na Praia Vermelha, Urca". Ou seja, espera-se informar a respeito do seu velamento.
D) INCORRETA: o anúncio é exclusivo para a divulgação de produtos e/ou serviços. Nesse caso, cria-se uma narrativa para falar da morte do arquiteto, não para anunciar algo dele.
E) INCORRETA: pois uma notícia tem o intuito de narrar os fatos de maneira objetiva, sem pessoalidades. Caso fosse uma notícia, o texto não começaria contando da vida do morto, mas sim teria seu início detacando quem morreu, quando morreu, de que forma e afins. Depois, e isso não é obrigatório, as notícias colocam informações mais detalhadas do falecido (quem era, o que fazia, contribuição para a sociedade ou não, etc.)
(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva
(ENEM PPL - 2010)
Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
Ver questão
(ENEM PPL - 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a
Ver questão