Questão 66855

(ENEM DIGITAL - 2020)

Chamando o repórter de “cidadão”, em 1904, o preto acapoeirado justificava a revolta: era para “não andarem dizendo que o povo é carneiro. De vez em quando é bom a negrada mostrar que sabe morrer como homem!”. Para ele, a vacinação em si não era importante — embora não admitisse de modo algum deixar os homens da higiene meter o tal ferro em suas virilhas. O mais importante era “mostrar ao governo que ele não põe o pé no pescoço do povo”.

CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).

A referida Revolta, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro no início da República, caracterizou-se por ser uma

A

agitação incentivada pelos médicos.

B

atitude de resistência dos populares.

C

estratégia elaborada pelos operários.

D

tática de sobrevivência dos imigrantes.

E

ação de insurgência dos comerciantes.

Gabarito:

atitude de resistência dos populares.



Resolução:

a) agitação incentivada pelos médicos.

Incorreto. Essa agitação não foi incentiva pelos médicos, uma vez que eles apoiavam a vacinação, ao contrário da população.

b) atitude de resistência dos populares.

Correta. A revolta da vacina eclodiu devido à falta de incentivo do governo federal em informar o povo sobre os benefícios da vacinação. Fazendo-a de modo forçado à população, a qual se sentia violada.

c) estratégia elaborada pelos operários.

Incorreto. Essa revolta não foi elaborava somente pelos operários, mas sim por uma população que se via insatisfeita com a forma como a vacinação estava sendo feita.

d) tática de sobrevivência dos imigrantes.

Incorreto. Essa revolta não foi protagonizada somente pelos imigrantes.

e) ação de insurgência dos comerciantes.

Incorreto. Essa revolta não foi elaborava somente pelos comerciantes, mas sim por uma população que se via insatisfeita com a forma como a vacinação estava sendo feita.



Questão 60886

(ENEM DIGITAL - 2020)

Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.

HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea. Disponível em: www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).

O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre

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Questão 61300

(Enem digital 2020) 

Entenda a crise na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dois líderes da Crimeia assinaram, em março de 2014, um acordo para tornar a República Autônoma parte da Rússia. O tratado foi assinado dois dias após o povo da Crimeia aprovar em um referendo a separação da Ucrânia e a reunificação com a Rússia. A votação foi condenada por Kiev e pela comunidade internacional, que a considera ilegítima.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 out. 2014 (adaptado).

A justificativa para o acordo descrito fundamentava-se na ideia de 

 

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Questão 61407

(ENEM DIGITAL - 2020)

Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada um.

HADOT, P. O que é a filosofia antiga?. São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).

 

O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)

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Questão 61972

(ENEM DIGITAL - 2020) 

 No protestantismo ascético, temos não apenas a clara noção da primazia da ética sobre o mundo, mas também a mitigação dos efeitos da dupla moral judaica (uma moral interna para os irmãos de crença e outra externa para os infiéis). O desafio aqui é o da ética, que quer deixar de ser um ideal eventual e ocasional (que exige dos virtuosos religiosos quase sempre uma “fuga do mundo”, como na prática monástica cristã medieval) para tornar-se efetivamente uma lei prática e cotidiana “dentro do mundo”.

SOUZA, J. A ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 38, out. 1998.

Retomando o pensamento de Max Weber, o texto apresenta a tensão entre positividade éticoreligiosa e esferas mundanas de ação.

Nessa perspectiva, a ética protestante é compreendida como

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