(UNICAMP - 2022 - 2ª fase) Leia o texto a seguir e responda, em português, às perguntas.
The Genocide Convention was the first human rights treaty adopted by the United Nations in December 1948 and marked the international community’s commitment to ‘never again’ after the atrocities committed during the Second World War. According to the document, genocide is a crime that can take place both in time of war as well as in time of peace. According to Article II of the Convention, “genocide means any of the following acts committed with intent to destroy, in whole or in part, a national, ethnical, racial or religious group, as such:
• Killing members of the group;
• Causing serious bodily or mental harm to members of the group;
• Deliberately inflicting on the group conditions of life calculated to bring about its physical destruction;
• Imposing measures intended to prevent births within the group;
• Forcibly transferring children of the group to another group.”
(Adaptado de https://www.un.org/en/genocideprevention/genocide-convention.shtml. Acessado em 17/09/2021.)
a) Por que a adoção do documento é significativa para a história? Cite e explique o acontecimento histórico que levou à criação desse documento.
b) Além do assassinato de membros de um grupo específico, cite outro ato que, segundo o Artigo II da convenção, caracteriza o genocídio. Em seguida, cite e contextualize um crime de genocídio – ocorrido após a adoção da Convenção – oficialmente reconhecido pela ONU.
Gabarito:
Resolução:
a) Este documento é significativo para a história, pois marca a classificação concreta de um determinado crime internacionalmente, que seria, no caso o assassinato em massa de um determinado grupo. O crime que motivou a criação deste documento foi o holocausto, isto é, o assassinato em massa de judeus, homossexuais, ciganos, deficientes e outras minorias, durante o regime nazista alemão. Este crime chocou a Europa em diversos níveis, que levaram à criação de um Regime Internacional, mesmo que antes disso tenham havido outros genocídios, como os dos povos originários americanos, africanos e australianos. O grande ponto do Holocausto foi realmente a visão do horror presenciada pelos europeus em solo europeu.
b) O genocídio de Ruanda, ocorrido em 1994, é um dos mais marcantes ocorridos na modernidade, onde foi registrada a dizimação de mais de 800 mil pessoas. Este genocídio tem origens antigas, coloniais, e tem motivações étnicas, onde os tutsis e os hutus, os maiores grupos étnicos desta região, se enfrentaram após o assassinato do presidente de Ruanda em um atentado terrorista. O ex-presidente era um membro dos hutus e diante de seu assassinato, lideranças convocaram outros hutus para dizimarem membros da sociedade tutsi. Muitas pessoas morreram e outros crimes contra a humanidade foram cometidos durante o ano de 1994 em Ruanda. A barbárie só teve fim quando outro presidente subiu ao cargo, deixando milhares de ruandeses em situação de refúgio e o país em meio ao caos humanitário, sendo necessária a intervenção da ONU.
Outros genocídios que poderiam ser citados: Kosovo (1990), Timor-Leste (1975-1999) e Palestina (1920-atualmente).
(Unicamp 2016)
Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.
(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)
Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:
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(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)
É possível fazer educação de qualidade sem escola
É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.
Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.
Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.
"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.
(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)
A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:
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(Unicamp 2016)
Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar
Ver questão
(Unicamp 2015)
Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.
Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.
Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.
Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.
Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.
Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.
Podemos afirmar que:
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