(UECE - 2018)
Pope Francis disappoints Rohingya by failing to condemn persecution
[1] As the crowds trickled out of the Yangon sports ground where Pope Francis delivered his first public mass before tens of thousands of people, Khin Maung Myint, a [5] Rohingya activist, sat on the sidelines. He was disappointed. Not in Francis, but in the advisers who appear to have dissuaded the pontiff from bringing up the plight of the Rohingya people. “Rohingya are not the [10] ones who lost their dignity, but the people who silence the pope’s expression,” he said. “Those who pushed the pope not to use the word Rohingya, they are the ones who lost their dignity.”
[15] Francis is nearing the end of a four-day visit to Myanmar, previously known as Burma, in which he has not publicly spoken about the persecuted Muslim minority, more than 620,000 of [20] whom have fled to Bangladesh in recent months, escaping what western leaders are calling ethnic cleansing.
Among the guests in the VIP section, where a gazebo provided protection [25] from the hot Myanmar sun, was Aye Ne Win, the grandson of the country’s first dictator who attracted public derision recently after he dressed up as the pope for Halloween. Beside him, in a black veil, sat a [30] beauty queen who has described the Rohingya in a YouTube video as “harbingers of terror and violence”.
In his homily on Wednesday, the pope talked about the need for forgiveness [35] and ignoring the desire for revenge, but declined to reference violence meted out against the Rohingya, a campaign allegedly marked by gang-rape, massacres and arson. “We think that healing can come [40] from anger or revenge,” Francis said, speaking of the many “wounded” people in Myanmar. “Yet the way of revenge is not the way of Jesus,” he said. It was his second public address in Myanmar, coming [45] after he shared a stage with the state counsellor, Aung San Suu Kyi, on Tuesday, telling an audience of diplomats and journalists that all of Myanmar’s religious and minority ethnic groups – “none [50] excluded” – should be respected.
Both speeches have fallen short of what many expected from the pope, whose advocacy for refugees has been a benchmark of his papacy. He has previously [55] referred to “our Rohingya brothers and sisters”. At a press conference in Yangon on Wednesday night, papal spokesman Greg Burke said the moral authority of the Pope “still stands”. “You can criticize what is said [60] or not said but the Pope is not going to lose any moral authority on this question here,” he said.
The Rohingya have suffered decades of persecution in Myanmar, where [65] their freedoms have been slowly eroded and tens of thousands are confined to internment camps. They are widely deemed illegal immigrants from Bangladesh and labelled “Bengalis”. “For years the [70] international community has towed the government of Myanmar’s line, refusing to say ‘Rohingya’ for fear of doing harm,” said David Baulk, a Myanmar researcher for Fortify Rights. “There should be nothing [75] controversial about the pope identifying people by the name they want.”
Whether or not the pope should address the crisis has been a matter of debate within the Vatican since the visit was [80] announced, according to a source familiar with discussions. “There are probably a mix of voices in the Vatican,” they said. “Those who are old school diplomats for whom caution is always their watchword and [85] others who are a bit more bold.”
The most vocal was until recently Charles Maung Bo, Myanmar’s first cardinal, a powerful orator who has fiercely defended the Rohingya and condemned “merchants of [90] hatred” in the form of Buddhist ultranationalists who have sanctioned the violence.
Before this week’s visit he urged the pope not to use the word, though he [95] has made it clear he would have been happy with a compromise phrase, according to the source. “I think one factor in this was almost certainly pressure from within the church on him because he has been so [100] outspoken until now and I think there would have been an enormous amount of pressure from other bishops,” the source said.
Who are the Rohingya?
At the press conference on [105] Wednesday night, the split between the bishops was apparent, with one saying there was a lack of “reliable evidence” of atrocities and was not sure what was going on because he had not seen it himself.
[110] The silence is likely to appease many Catholics in the country who either share prejudices against the Rohingya or are afraid of a nationalist backlash against the 650,000-strong Catholic community in [115] Myanmar.
Francis is scheduled to fly to Dhaka in Bangladesh where he will meet Rohingya refugees on Thursday. But for some in Myanmar, the leader of the church [120] has a moral obligation not to leave the country without commenting on its most pressing crisis.
After the mass, Father Thomas, a Yangon priest, said he hoped the pope [125] brought the matter up in closed-door meetings this week with the army chief, Min Aung Hlaing, and Aung San Suu Kyi.
“This is the main issue in Burma,” he said.
www.theguardian.com/nov.27.2017
The underlined verbs in “...previously known as Burma” (lines 16-17) and “...had not seen it himself... (line 109) are respectively in the
past participle and present participle.
present participle and past participle.
past participle and past participle.
present participle and present participle.
Gabarito:
past participle and past participle.
(UECE - 2014)
Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
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(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
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(UECE - 2008)
Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.
A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL
Fernanda Colavitti
2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.
(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).
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