Questão 72752

(UECE - 2022 - 2ª FASE)

Children set for more climate disasters than their grandparents, research shows

    People born today will suffer many
times more extreme heatwaves and
other climate disasters over their
lifetimes than their grandparents,
[05] research has shown. The study is the
first to assess the contrasting
experience of climate extremes by
different age groups and starkly
highlights the intergenerational
[10] injustice posed by the climate crisis.

    The analysis showed that a child
born in 2020 will endure an average of
30 extreme heatwaves in their lifetime,
even if countries fulfil their current
[15] pledges to cut future carbon emissions.
That is seven times more heatwaves
than someone born in 1960. Today’s
babies will also grow up to experience
twice as many droughts and wildfires
[20] and three times more river floods and
crop failures than someone who is 60
years old today.

    However, rapidly cutting global
emissions to keep global heating to
[25] 1.5C would almost halve the heatwaves
today’s children will experience, while
keeping under 2C would reduce the
number by a quarter.

   A vital task of the UN’s Cop26
[30] climate summit in Glasgow in November
is to deliver pledges of bigger emissions
cuts from the most polluting countries
and climate justice will be an important
element of the negotiations. Developing
[35] countries, and the youth strike
protesters who have taken to the
streets around the world, point out that
those who did least to cause the climate
crisis are suffering the most.

 [40]    “Our results highlight a severe
threat to the safety of young
generations and call for drastic emission
reductions to safeguard their future,”
said Prof Wim Thiery, at Vrije

[45] Universiteit Brussel in Belgium and who
led the research. He said people under
40 today were set to live
“unprecedented” lives, ie suffering
heatwaves, droughts, floods and crop
[50] failures that would have been virtually
impossible – 0.01% chance – without
global heating

    Dr Katja Frieler, at the Potsdam
Institute for Climate Impact Research in
[55] Germany and part of the study team,
said: “The good news is we can take
much of the climate burden from our
children’s shoulders if we limit warming
to 1.5C by phasing out fossil fuel use.
[60] This is a huge opportunity.”

    Leo Hickman, editor of Carbon
Brief, said: “These new findings
reinforce our 2019 analysis which
showed that today’s children will need
[65] to emit eight times less CO2 over the
course of their lifetime than their
grandparents, if global warming is to be
kept below 1.5C. Climate change is
already exacerbating many injustices,
[70] but the intergenerational injustice of
climate change is particularly stark.”

    The research, published in the
journal Science, combined extreme
event projections from sophisticated
[75] computer climate models, detailed
population and life expectancy data,
and global temperature trajectories
from the Intergovernmental Panel on
Climate Change.

  [80]   The scientists said the increases
in climate impacts calculated for today’s
young people were likely to be
underestimates, as multiple extremes
within a year had to be grouped
together and the greater intensity of
[85] events was not accounted for.

    There was significant regional
variation in the results. For example,
the 53 million children born in Europe
and central Asia between 2016 and
[90] 2020 will experience about four times
more extreme events in their lifetimes
under current emissions pledges, but
the 172 million children of the same age
in sub-Saharan Africa face 5.7 times
[95] more extreme events.

    “This highlights a disproportionate
climate change burden for young
generations in the global south,” the
researchers said.

 [100]   Dohyeon Kim, an activist from
South Korea who took part in the global
climate strike on Friday, said:
“Countries of the global north need to
push governments to put justice and
[105] equity at the heart of climate action,
both in terms of climate [aid] and
setting more ambitious pledges that

take into consideration historical
responsibilities.”

[110]   The analysis found that only those
aged under 40 years today will live to
see the consequences of the choices
made on emissions cuts. Those who are
older will have died before the impacts
[115] of those choices become apparent in the
world.

https://www.theguardian.com/environment/ 2021/sep/27/

In “Those who are older will have died before the impact of those choices” (lines 114-116), the verb tenses are 

A

simple future and present perfect.

B

simple present and future perfect.

C

present perfect and simple future.

D

present continuous and simple present. 

Gabarito:

simple present and future perfect.



Resolução:



Questão 1860

(UECE - 2014)

Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de

O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.

ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.

Ver questão

Questão 1861

(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.

 

O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.

Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.

 

I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.

II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.

III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.

 

Está correto o que se diz em

Ver questão

Questão 1862

(UECE - 2008)

Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.

A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL

Fernanda Colavitti

2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.

(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).

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Questão 1974

(UECE-2007)

A PEDREIRA

Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.

(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)

Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).

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