(UFU - 2020 - 1ª FASE) No atual estágio informacional do capitalismo, estruturou-se uma nova hierarquia urbana, na qual a relação das cidades de diferentes níveis hierárquicos pode-se dar com o centro regional ou, até mesmo, diretamente com a metrópole nacional.
Com base no texto e no esquema apresentado, é correto afirmar que, no Brasil,
a desconcentração das indústrias, que rumam para cidades médias, pequenas e para zonas rurais, fez estabelecer uma nova hierarquia urbana, com influência global, que alterou o padrão hierárquico de urbanização, reforçando a importância dos avanços tecnológicos e das regiões não metropolitanas.
a dispersão espacial das atividades econômicas, das telecomunicações e dos transportes, intensificada a partir deste século, e a formação de novos centros regionais não alteraram o padrão hegemônico das metrópoles na hierarquia urbana.
a região de influência das cidades, seja das metrópoles nacionais, metrópoles regionais, centros regionais, cidades locais e vilas, é delimitada pelas atividades agrícolas e industriais que estabeleceram uma nova hierarquia urbana, sob a hegemonia das cidades globais.
as mudanças demográficas e econômicas, das últimas décadas, foram acompanhadas por maior relevância dos espaços urbanos não metropolitanos, uma vez que a diversificação da sociedade de consumo, a flexibilidade da produção e a maior fluidez do mercado nacional provocaram impacto na divisão territorial do trabalho.
Gabarito:
as mudanças demográficas e econômicas, das últimas décadas, foram acompanhadas por maior relevância dos espaços urbanos não metropolitanos, uma vez que a diversificação da sociedade de consumo, a flexibilidade da produção e a maior fluidez do mercado nacional provocaram impacto na divisão territorial do trabalho.
(A) Incorreta. As indústria não rumaram para as cidades pequenas e rurais, somente o relacionamento entre as cidades menores e as metrópoles nacionais aumentou, principalmente através das telecomunicações.
(B) Incorreta. O texto da questão afirma que no estágio atual do capitalismo a hierarquia urbana se transformou, fazendo com que aumentasse a interação entre cidades pequenas, médias e grandes com as metrópoles nacionais. Esse tipo de interação (demonstrada no esquema) é diferente da hierarquia urbana tradicional, em que as cidades interagiam somente com aquelas mais próximas (as cidades pequenas somente tinham relação com as cidades médias e as cidades médias com as grandes, por exemplo). Sendo assim, houve uma alteração no padrão da hierarquia, ao contrário do que a alternativa afirma.
(C) Incorreta. O fato que estabeleceu a nova hierarquia urbana não foi a distribuição das indústrias e das atividades agrícolas, mas sim o aumento da capacidade de comunicação entre as cidades de diferentes hieraquias, é por esse motivo que o texto da questão afirma que a o novo estágio do capitalismo é "informacional", ou seja, a troca de informações se alterou, tornando-se muito mais direta ente cidades de diferentes hierarquias.
(D) Correta.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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