Questão 73424

(UFU - 2020 - 1ª FASE) Na seção “Momento do Livro” da revista Sociologia (Ano 8, Ed. 76), apresentam-se a capa do livro Emma da autora Jane Austen e uma breve resenha.

“Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica”. São palavras de Jane Austen para a personagem-título de seu último livro publicado em vida, em 1815.

Emma é uma jovem de 20 anos cheia de si, observadora e perspicaz, que se diverte bancando o cupido. Para arranjar casamentos, manipula pessoas e alimenta seu ego, pois se considera a moça mais culta e elegante da região. Fazem parte de seu círculo Jane Fairfaz e Harriet Smith, jovens que em sua aparente simplicidade a surpreendem e intrigam. Emma, que vive com o pai viúvo e hipocondríaco, também se apaixona. Só que está tão preocupada com a vida dos outros, que demora a perceber os próprios sentimentos.

Mistérios, enigmas e reviravoltas são marcas deste romance ambientado na fictícia vila interiorana de Highbury, na Inglaterra, movimentada por bailes, jantares e visitas sociais. Reflete o universo em que Jane cresceu, como filha de pastor, observadora da sociedade.

Sociologia. Ano 8, Edição 76. São Paulo: Editora Escala, s.d., p. 51.

O primeiro parágrafo apresenta marcas típicas de uma resenha, que podem ser compreendidas como a manifestação, no texto, de um fenômeno enunciativo estruturador desse gênero do discurso, a saber, a

A

intertextualidade.

B

argumentatividade.

C

paródia.

D

narração.

Gabarito:

intertextualidade.



Resolução:

a) Alternativa correta. Na resenha, há a avaliação de outra obra, então sempre há intertextualidade.

b) Alternativa incorreta​​​​​​​. A resenha não tem argumentatividade, mas sim opinião.

c) Alternativa incorreta​​​​​​​. Na resenha não há paródia.

d) Alternativa incorreta​​​​​​​. Não há narração no primeiro parágrafo. Além disso, nem todas as resenhas possuem narração.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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