(UFU - 2020 - 1ª FASE) Leia o trecho a seguir, recortado de uma matéria da revista Vivasaúde (Ano 14, Edição 174).
Ter um milhão de amigos
Quem possui vida social ativa preserva a mente e o corpo, contribui para a qualidade de vida e mantém a presença de bem-estar a longo prazo.
Isolamento faz mal à saúde. Esse pode ser o slogan da próxima campanha de alerta à população. Afinal, uma vida social ativa abre portas para que você tenha uma alimentação mais regrada, exercite mais o corpo e coloque o cérebro para funcionar.
Abrir-se para esta possibilidade pode ser a primeira medida de prevenção de doenças e de promoção de saúde a ser adotada em nossas vidas. Quanto mais vivemos em sociedade, mais integrados ao meio e a outras pessoas ficamos.
“Quem se isola não se atualiza, não desabafa, não troca ideia do que está passando no mundo. Quando a gente está sozinha, geralmente não tem vontade de comer direito, ainda mais quando tem que cozinhar para si”, afirma a geriatra Claudia Fló, presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). A solidão e o isolamento social estão associados ao aumento do risco de mortalidade precoce.
OLAVO, Jorge. Ter um milhão de amigos. Vivasaúde. Ano 14, Edição 174. São Paulo: Editora Escala, 2017, p. 74-75. (Adaptado)
No trecho acima, o jornalista opta por apresentar o depoimento de uma médica geriatra, escolha do autor cujo efeito no texto é de
dar a entender ao leitor que a tese central da matéria pode ser bem sustentada por opiniões individuais.
sustentar a tese central da matéria – de que não desabafar e comer mal faz mal à saúde – com base na opinião de uma mulher.
sustentar a tese central da matéria – de que o isolamento faz mal à saúde – por meio de um argumento de autoridade.
dar a entender ao leitor que a tese central da matéria só tem validade quando se trata de idosos.
Gabarito:
sustentar a tese central da matéria – de que o isolamento faz mal à saúde – por meio de um argumento de autoridade.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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