(UFU - 2020 - 1ª FASE) Nos últimos anos, tem-se observado o crescimento de um tipo de ocupação: o trabalho por aplicativo. Conhecido também como “uberização do trabalho”, as alterações nas relações de trabalho provocadas por esse fenômeno é sintetizado pela pesquisadora Ludmila Abílio:
“Ser um trabalhador-perfil em um cadastro da multidão significa na prática ser um trabalhador por conta própria, que assume os riscos e custos de seu trabalho, que define sua própria jornada, que decide sobre sua dedicação ao trabalho e, também, que cria estratégias para lidar com uma concorrência de dimensões gigantescas que paira permanentemente sobre sua cabeça”.
Abílio, Ludmila C. Uberização do trabalho: subsunção real da viração. Disponível em: http://passapalavra.info/2017/02/110685. Acesso em: 03 fev. 2020.
Com base nessas informações, as alterações nas relações de trabalho na atualidade têm sido definidas pelo(a)
precarização do vínculo empregatício, com a desregulamentação das leis trabalhistas.
valorização do empreendedorismo, seguida pela ampliação dos direitos sociais.
vínculo de emprego duradouro, garantido por maior autonomia nas rotinas de trabalho.
fortalecimento do movimento sindical como estratégia de mobilização na luta por direitos trabalhistas.
Gabarito:
precarização do vínculo empregatício, com a desregulamentação das leis trabalhistas.
a) Correta. precarização do vínculo empregatício, com a desregulamentação das leis trabalhistas.
O fenômeno da uberização do trabalho se define como um novo modelo produtivo que flexibiliza as relações de trabalho, no qual o trabalhador-perfil oferece serviços de acordo com a demanda, sem um vínculo empregatício. As consequências disso são a precarização do vínculo empregatício, com a desregulamentação das leis trabalhistas.
b) Incorreta. valorização do empreendedorismo, seguida pela ampliação dos direitos sociais.
O empreendedorismo tem surgido nesse mesmo contexto, mas a uberização não é definida tanto por ele quanto pela ampliação dos direitos sociais, ao contrário, estes últimos são restringidos.
c) Incorreta. vínculo de emprego duradouro, garantido por maior autonomia nas rotinas de trabalho.
Não há vínculo de emprego.
d) Incorreta. fortalecimento do movimento sindical como estratégia de mobilização na luta por direitos trabalhistas.
Não é definido pelo fortalecimento do movimento sindical.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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