(UFU - 2020 - 1ª FASE)
A escala de acidez, conhecida como pH, foi desenvolvida pelo químico dinamarquês Soren Peter Lauritz Sorensen, enquanto trabalhava numa cervejaria, em 1909. A acidez da cerveja, à época, era verificada por degustação como “bem ácida” ou “pouco ácida”. O pH ideal da cerveja varia entre 4,1 a 4,5 e o modo de regular a acidez é pela adição, no preparo, de ácido fosfórico e de bicarbonato de sódio, conforme o pH da cerveja desejada. Em casa, um estudante de química preparou uma cerveja cuja concentração hidrogeniônica era de 0,01 mol.L-1 .
A cerveja preparada pelo estudante seria, à época de Soren,
classificada como “bem ácida” e imprópria para o consumo, pois resultaria em um pH igual a 2, excessivamente ácido para a cerveja.
ideal para o consumo após adição de bicarbonato de sódio na cerveja, a fim de diminuir o pH do produto final para alcançar a acidez desejada.
“pouco ácida”, pois seria possível regular a acidez pela adição de ácido fosfórico ao produto, fazendo com que a acidez chegasse próxima a 4,5.
um produto com acidez elevada e própria para o consumo, pois auxiliaria na digestão e na prevenção de doenças estomacais, como gastrite.
Gabarito:
classificada como “bem ácida” e imprópria para o consumo, pois resultaria em um pH igual a 2, excessivamente ácido para a cerveja.
O pH é definido como
Pode-se calcular o pH da cerveja preparada pelo estudante que possui concentração 0,01mol.L-1:
Substituição dos valores de log 1 = 0 e log 10 = 1:
a) Correta. Considerando a faixa de pH ideal para a cerveja entre 4,1 e 4,5, a cerveja preparada pelo esudante pode ser classificada como "bem ácida" pois possui pH inferior a 4,1.
b) Incorreta. A adição de bicarbonato de sódio, um sal de caráter básico, tornaria o meio menos ácido e, portanto, causaria o aumento no valor de pH e não a diminuição.
c) Incorreta. A adição de ácido fosfórico causaria a diminuição no valor de pH e não o aumento.
d) Incorreta. A cerveja preparada para o estudante é mais ácida do que o considerado como ideal e imprópria para consumo. Além disso, o consumo de cerveja com acidez elevada não auxiliaria na prevenção de doenças estomacais como a gastrite, mas sim teria o potencial de agravá-las.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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