Questão 73453

(UFU - 2020 - 1ª FASE) 

A escala de acidez, conhecida como pH, foi desenvolvida pelo químico dinamarquês Soren Peter Lauritz Sorensen, enquanto trabalhava numa cervejaria, em 1909. A acidez da cerveja, à época, era verificada por degustação como “bem ácida” ou “pouco ácida”. O pH ideal da cerveja varia entre 4,1 a 4,5 e o modo de regular a acidez é pela adição, no preparo, de ácido fosfórico e de bicarbonato de sódio, conforme o pH da cerveja desejada. Em casa, um estudante de química preparou uma cerveja cuja concentração hidrogeniônica era de 0,01 mol.L-1 .

A cerveja preparada pelo estudante seria, à época de Soren,

A

classificada como “bem ácida” e imprópria para o consumo, pois resultaria em um pH igual a 2, excessivamente ácido para a cerveja.

B

ideal para o consumo após adição de bicarbonato de sódio na cerveja, a fim de diminuir o pH do produto final para alcançar a acidez desejada.

C

“pouco ácida”, pois seria possível regular a acidez pela adição de ácido fosfórico ao produto, fazendo com que a acidez chegasse próxima a 4,5.

D

um produto com acidez elevada e própria para o consumo, pois auxiliaria na digestão e na prevenção de doenças estomacais, como gastrite.

Gabarito:

classificada como “bem ácida” e imprópria para o consumo, pois resultaria em um pH igual a 2, excessivamente ácido para a cerveja.



Resolução:

O pH é definido como

pH = -log[H^{+}]

Pode-se calcular o pH da cerveja preparada pelo estudante que possui concentração 0,01mol.L-1:

pH = -log0,01

pH = -log(1cdot 10^{-2})

pH = -log;1 - log;10^{-2}

pH = -log;1 - (-2;log;10)

Substituição dos valores de log 1 = 0 e log 10 = 1:

pH = 0 + 2 cdot 1

pH = 2

a) Correta. Considerando a faixa de pH ideal para a cerveja entre 4,1 e 4,5, a cerveja preparada pelo esudante pode ser classificada como "bem ácida" pois possui pH inferior a 4,1. 

b) Incorreta. A adição de bicarbonato de sódio, um sal de caráter básico, tornaria o meio menos ácido e, portanto, causaria o aumento no valor de pH e não a diminuição.

c) Incorreta. A adição de ácido fosfórico causaria a diminuição no valor de pH e não o aumento.

d) Incorreta. A cerveja preparada para o estudante é mais ácida do que o considerado como ideal e imprópria para consumo. Além disso, o consumo de cerveja com acidez elevada não auxiliaria na prevenção de doenças estomacais como a gastrite, mas sim teria o potencial de agravá-las.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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