(UFU - 2021 - 1ª FASE) Ecólogos, interessados nas dinâmicas das pirâmides ecológicas em ecossistemas terrestres e aquáticos, fizeram quatro afirmações sobre pirâmides de energia, de biomassa e de números, durante um debate sobre fluxos de energia nos níveis tróficos.
Ecólogo I. As pirâmides de energia sempre têm aspecto convencional, revelando o fluxo unidirecional de energia e sua progressiva dissipação ao longo das cadeias alimentares.
Ecólogo II. Em comunidades aquáticas, a biomassa dos produtores, representados por bactérias autotróficas e algas unicelulares, é menor que a dos consumidores primários, representados pelo zooplâncton e por pequenos peixes. A base da pirâmide, portanto, é mais estreita do que o retângulo correspondente ao nível trófico superior.
Ecólogo III. As pirâmides de números podem assumir forma invertida quando o produtor é uma grande árvore, por exemplo, cujas folhas são devoradas por 300 lagartas de borboleta, que fornecem alimento a 20 aves.
Ecólogo IV. Em comunidades terrestres, em que os produtores são geralmente plantas de ciclo relativamente longo, a pirâmide de biomassa tem base estreita e ápice largo.
Assinale a alternativa que apresenta o ecólogo que cometeu um engano em relação a sua afirmação.
I.
II.
IV.
III.
Gabarito:
IV.
Ecólogo I - Correta. Os produtores apresentam os maiores níveis de energia, no entanto, parte dessa energia é gasta no seu próprio metabolismo e, com isso, a energia transferida para o nível trófico acima é menor. Essa frequência acontece ao longo de toda a cadeia de forma unidirecional.
Ecólogo II - Correta. A pirâmide de biomassa em um ambiente aquático se configura de forma invertida se considerar as proporções de produtores e consumidores primários em relação ao ambiente terrestre. Isso ocorre porque no ambiente aquático a taxa de reprodução dos produtores (algas unicelulares, fitoplânctons...) é bastante alta, o que aumenta a disponibilidade de alimento para os consumidores primários, aumentando também a sua biomassa.
Ecólogo III - Correta. Em uma comunidade onde o número de produtores é baixo e uma única árvore de grande porte serve de alimento para um grande número de herbívoros, a pirâmide de número invertida.
Ecólogo IV - Incorreta. A pirâmide de biomassa típica dos ambientes terrestres é direta.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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