(UFU - 2021 - 1ª FASE) Segundo Cotrim e Fernandes (2017), “o estilo de vida de Sócrates assemelhava-se, exteriormente, ao dos sofistas, embora não ‘vendesse’ seus ensinamentos. Desenvolviam o saber filosóficos em praças públicas, conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática e moral.”
COTRIM, G. e FERNANDES, M. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Editora Saraiva, 2017, p. 222.
Segundo esse trecho, entende-se que Sócrates
mesmo parecendo ser diferente, agia e pensava como os sofistas.
por seu método e conteúdo, se opunha ao relativismo dos sofistas.
distinguia-se dos sofistas somente pelo conteúdo do que ensinava.
cobrava por seus ensinamentos do mesmo modo que os sofistas.
Gabarito:
por seu método e conteúdo, se opunha ao relativismo dos sofistas.
b) Correta. por seu método e conteúdo, se opunha ao relativismo dos sofistas.
Sócrates foi um dos principais opositores do pensamento sofista, assim como contestava os altos preços cobrados por esses professores. Ele tece profundas críticas contra o relativismo sofista, baseado na retórica e no discurso, que objetiva apenas persuadir os seus interlocutores e não o conhecimento da verdade. Ao questionar, Sócrates buscava, no diálogo, que o interlocutor pensasse por si mesmo e desse luz à ideias, as quais, por meio do questionamento, provar-se-iam falsas ou verdadeiras.
a) Incorreta. mesmo parecendo ser diferente, agia e pensava como os sofistas.
O fundamento da filosofia de Sócrates diferia radicalmente dos sofistas e aquele os criticava.
c) Incorreta. distinguia-se dos sofistas somente pelo conteúdo do que ensinava.
Distinguia-se dos sofistas também pela prática do discurso, como pelo fato de não vender aquilo que ensinava.
d) Incorreta. cobrava por seus ensinamentos do mesmo modo que os sofistas.
Sócrates não cobrava por seus ensinamentos.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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