(UFU - 2021 - 1ª fase) Após a confissão do réu, os inquisidores sentenciavam o acusado em uma sessão pública denominada sermão geral. Havia três tipos básicos de penas: a confiscação de bens, a prisão e a morte. A maioria dos condenados à morte eram queimados vivos numa grande fogueira. Somente a alguns arrependidos permitia-se o estrangulamento antes de serem lançados ao fogo.
COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 2001. (Adaptado)
O texto acima diz respeito ao Tribunal da Inquisição, criado em 1231 pelo papa Gregório IX, tendo atuado de forma mais enérgica após o Concílio de Trento.
Assinale a alternativa que apresenta as principais características da inquisição no período moderno.
A ênfase no combate ao catarismo, em lugares como França e Itália.
A perseguição, na Espanha, de milhares de judeus e de muçulmanos que deveriam se converter ou abandonar o recém unificado país.
A imposição da questão iconoclasta, propagando a destruição dos ícones e fortalecendo o poder dos monges.
A imposição do dogma monofisista que afirma a natureza exclusivamente divina de Cristo, negando-lhe a natureza humana.
Gabarito:
A perseguição, na Espanha, de milhares de judeus e de muçulmanos que deveriam se converter ou abandonar o recém unificado país.
a) A ênfase no combate ao catarismo, em lugares como França e Itália. - Catarismo foi uma doutrina herética que surgiu na França no século XI e se espalhou para outras partes da Europa. Por mais que a inquisição tenha perseguido nesses países essa doutrina, não podemos falar que era uma das principais características essa perseguição. O seus alvos principais eram os judeus e os cristãos-novos (recém-convertidos ao Catolicismo).
b) A perseguição, na Espanha, de milhares de judeus e de muçulmanos que deveriam se converter ou abandonar o recém unificado país. (CORRETA) - A perseguição na Espanha dos judeus foi uma das principais características da Inquisição.
c) A imposição da questão iconoclasta, propagando a destruição dos ícones e fortalecendo o poder dos monges. - Não havia interesse da inquisição em fortalecer o poder dos monges, assim como não havia a imposição da questão iconoclasta. A inquisição perseguia o que conisderava que se desviava de seus dogmas, haviam ícones que ela defendia, mas supertições e ícones que se afatavam de suas tradições eram condenados.
d) A imposição do dogma monofisista que afirma a natureza exclusivamente divina de Cristo, negando-lhe a natureza humana. - Não havia essa questão monifisista de achar que Cristo tinha apenas uma natureza: a divina. A Igreja já havia combatido essa questão acreditando na coexistência das naturezas humana e divina nesse momento, como mostra a Bíblia que já ocupava nesse momento o centro das pregações.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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